A exposição “Recife: História e Coração”, de Marcelo Barbosa, entra em cartaz, no dia 19 deste mês, às 10h, na Galeria Capibaribe, no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da UFPE, no Campus Recife. O evento contará com os serviços de interpretação de Libras, no dia da abertura, e audiodescrição, durante todo o período de visitação, que vai até o dia 10 de março. A entrada é gratuita. A exposição tem apoio do Núcleo de Acessibilidade (Nace) da UFPE.

Tema do trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Artes Visuais de Marcelo Barbosa, a exposição é fruto de sua paixão e suas pesquisas sobre o Recife no tempo em que o dirigível Zeppelin atracou, em 1930, fazendo um contraponto com a cidade em sua formação atual.

Marcelo Barbosa nasceu no Recife (Pernambuco), em 1990. Estudou em três escolas diferentes, da 1ª série ao último ano do Ensino Médio. Desde a infância, gostava de desenhar e, aos cinco anos de idade, começou a desenvolver seu lado artístico quando o avô de criação o levava para desenhar paisagens e igrejas no sítio histórico de Olinda. Continuou aprimorando e desenvolvendo sua produção na adolescência e, em 2007, com 17 anos, começou um curso de pintura no ateliê do artista e professor Joaz Silva, cursando até o ano de 2013.

Participou de duas exposições coletivas: “ArtesAnatos” e “Futebol Arte”, realizadas respectivamente em 2013, na Casa da Cultura, e em 2014, na Agência Central dos Correios. Durante o Ensino Médio, prestou uma homenagem a Ariano Suassuna num evento que ocorreu na Escola Estadual Carlos Alberto, onde estudava. Presenteou o romancista com uma tela que retratava a cultura popular.

No último ano do Ensino Médio, participou do curso pré-vestibular da UFPE e preparou-se para o vestibular para o curso de Licenciatura em Artes Visuais. Foi aprovado na seleção e iniciou o curso na instituição, no primeiro semestre de 2014.

Segundo a professora Renata Wilner, curadora da exposição, “a exposição é um rito de passagem”. “Marcelo Barbosa encerra seu ciclo na graduação em Artes Visuais (licenciatura) da UFPE compartilhando com o público parte de sua produção em desenho, pintura, gravura e mosaico. Como docentes e licenciandos, aprendemos com a convivência com Marcelo, pessoa com deficiência intelectual, que a aprendizagem tem muitos caminhos possíveis, que são traçados no encontro e não previamente”, destacou ela. 

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(81) 2126.3002