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Dr. Henrique Carneiro Leão Teixeira

Fotografia do Dr. Leão Teixeira – Fonte – Jornal - A noite 

Há 152 anos nascia Dr. Leão Teixeira, que foi Presidente do Banco do Brasil, ex-secretário Geral do Estado do Rio e Diretor da Cia. Mercado Municipal do Rio de Janeiro.

Henrique Carneiro Leão Teixeira, nascido na Capital Federal (RJ) a 15 de maio de 1869, filho Jerônimo José Teixeira Júnior (Visconde do Cruzeiro em 13/06/1888) e Maria Henriqueta Carneiro Leão (viscondessa do Cruzeiro). Carioca, vinha de uma família tradicional., neto paterno de Jeronimo José Teixeira, do Porto e Anna Maria Netto Teixeira, N. Paracatú e neto materno de Honório Hermeto Carneiro Leão (marquês de Paraná) e Maria Henriqueta Neto (Marquesa de Paraná).

Seus primeiros estudos foram nos colégios Menezes Vieira e Universitário Fluminense, no Rio de Janeiro, conclui os estudos secundários no colégio do Padre Moreira, em Petrópolis, e no de São Luiz Gonzaga, dos padres Jesuítas, em Itú.

Em 1886, depois de ter percorrido vários países da Europa, ingressou-se na tradicional Faculdade de São Paulo, onde distinguiu com um dos primeiros estudantes de sua turma, transferindo-se depois, já em meio do 5º ano, para a Academia do Recife, na qual recebeu o grau de bacharel em Ciência Jurídica e Sociais a 29 de novembro de 1890 e foi aprovado com distinção.

Em 04 de dezembro de 1890, regressando ao Rio de Janeiro a bordo do vapor Inglês Magdalena, advogou nos auditórios do distrito Federal durante cerca de 15 anos, deixando de tomar posse do cargo de sub-pretor da 10ª pretoria desta capital, para o qual fora nomeado pela portaria de 16 de fevereiro de 1892, por ter de empreender nova viagem a Europa junto com sua esposa. Regressando ao Brasil em 23 de agosto de 1892.

Iniciou no Jornalismo carioca, colaborando efetivamente o no Jornal do Brasil, desde do início da sua segunda fase, ali instituindo as secções “cartas municipais” e “Notas de um carioca" assinadas respectivamente por José tavares e por T. redador-gerente do referido Jornal, de outubro de 1896 a 19 de outubro de 1897, acumulou as funções de redator-chefe no período de 05 de maio até aquela data na ausência do saudoso Dr. Fernando Mendes de Almeida, desenvolvendo extraordinária atividades e prestando ao Jornal do Brasil inestimáveis serviço em difícil conjuntura financeira.
Deputado a Assembleia  do Estado do Rio de Janeiro, de 1901 a 1904 - funcionou desde 1902 na comissão de Finanças e Orçamentos, foi relator da Reforma Constitucional de 1903, Leader na sessão de 1904 e relator do orçamento para o exercício de 1905.

Em novembro de 1904, foi nomeado para o alto cargo de secretário Geral do referido Estado, ao tempo da primeira presidência do Dr. Nilo Peçanha, revelou-se administrador probo, competente e enérgico, prestando relevantíssimo concurso a obra de restauração das finanças fluminenses. Desse posto se exonerou em 31 de outubro de 1905 para desincompatibilizado, ser incluído entre os candidatos a deputação federal apresentado pelo partido Republicano Fluminense. Não logou, entretanto, ser eleito e desde então, conservou-se arredado da política.

De janeiro de 1907 a Junho de 1921 exerceu os cargos de Direito e de gerente da Cia Nacional de Seguro Mútuo contra Fogo, a custa do Conselho de administração pertencia desde 1893 e do qual fora secretário e presidente.

No governo Epitácio Pessoa foi distinguido com a nomeação para a Comissão Executiva do Centenário da Independência, da qual foi Tesoureiro e em cujo exercício coube lhe promover e dirigir nas desapropriações dos imoveis compreendidas na área designada para a grande Exposição de 1922. A pedido do Dr. Alfredo Pinto, Ministro da Justiça também teve o encargo e igualmente sem proventos ou remuneração, de cuidas desapropriações amigáveis dos prédios necessários a reconstrução do novo edifício da câmara dos Deputados.

Em janeiro de 1922 foi eleito diretor da Cia Mercado Municipal do rio de Janeiro e no mesmo ano exerceria, durante alguns meses, a chefia da secção jurídica da Empresa de melhoramentos da Baixada fluminense. 

Desde as respectivas instalações, foi até 1922 - Diretor da Cia: de administração Garantida, mais tarde transformada no atual e próspero Banco de Credito Mercantil; até 1925 - Diretor tesoureiro da casa de Santa Ignez, cabendo-lhe minutar a escritura da sua instituição como “Fundação” e bem assim organizar os estatutos e regulamento interno.

De abril a agosto de 1928 fez parte do Conselho de Contribuintes do Imposto sobre Renda, exonerando-se, a pedido, ao ter de assumir a suprema direção do principal instituto de Credito do País.

Por decreto de 23 de agosto de 1928, foi nomeado o 41° presidente do Banco do Brasil em 25/08/1928 a 03/06/1929, exerceu a honrosa e difícil investidura durante noves meses, caracterizando-se a sua gestão pela independência, probidade e notável energia com que soube coibir os abusos de crédito que tão vultosos prejuízos haviam causado ao Banco. Do alto cargo exonerou-se a pedido, em 15 de junho de 1929, onde Dr. Leão Teixeira esteve afastado do cargo por licença concedida desde do dia 03 de junho de 1929, logo que reassumiu o posto, dirigiu uma carta ao Sr. Washington Luiz, presidente da República, solicitando sua exoneração e explicando os motivos que a isto o obrigava. A carta seguiu o seu destino por intermédio do Ministro da Fazenda, Sr. Oliveira Botelho. E para sua vaga foi nomeado o Sr. José da Silva Gordo, que era diretor da Carteira Cambial daquele estabelecimento de crédito. 

Filho e neto de provedores da Santa Casa de Misericórdia, como irmão da pia instituição soube também o Dr. Leão Teixeira prestar-lhe serviços, no desempenho de vários encargos.

Faleceu às 19 horas do dia 01 de janeiro de 1938, em sua residência a Rua Senador Vergueiro nº 32, vitimou-o na idade de 68 anos, 7 meses e 17 dias. E foi sepultado foi no dia seguinte, no jazigo de seus pais no cemitério da Ordem de Nossa Senhora do Carmo.

Fontes Consultados:

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  - Associação de aposentados, funcionários e pensionista do Banco do Brasil – AAPBB – Banco do Brasil – Relação dos Presidente (desde 1853)

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  -Jornal de Recife (PE) – 26 de novembro de 1890

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  -Jornal de Recife (PE) – 30 de novembro de 1890

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  -Jornal de Recife (PE) - 04 de dezembro de 1890

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  - Jornal do Commercio (RJ) - 24 de agosto de 1892

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  - Jornal do Commercio (RJ) - 24 de agosto de 1892

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  -A noite - 15 de fevereiro de 1929

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  - A Manhã - 02 de junho de 1929

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  -Jornal de Recife (PE) - 18 de julho de 1929

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  -Jornal de Recife (PE) - 19 de julho de 1929

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  - Automóvel-Club (RJ) - abril 1930

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  - Correio da Manhã (RJ) - 4 de janeiro de 1938

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  - Jornal do Commercio (RJ) - 04 de janeiro de 1938

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  - Correio Paulistano (SP) - 05 de janeiro de 1938

>> Biblioteca Nacional digital Brasil  - Annuário Genealógico Brasileiro (SP) - 1939

>> Lista geral dos bacharéis e doutores que tem obtido o respectivo grau na Faculdade de Direito do Recife, desde a sua fundação em Olinda, no ano de 1828, até o ano de 1931   

 >> Livro de Registro de diplomas de bacharéis (1881 - 1894)  – Acervo do Arquivo da FDR   

Data da última modificação: 15/05/2021, 21:54