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Especialista do HC alerta para a importância da adesão do paciente ao tratamento da asma

O HC tem três ambulatórios para tratar as pessoas com a doença: Asma Grave; Asma na Gravidez e o de Asma na Infância

Doença que pode ser controlada por meio de tratamento, a asma afeta um em cada dez brasileiros, ou seja, cerca de 21 milhões de pessoas, segundo estimativas do Ministério da Saúde. Para que haja esse controle, é fundamental a adesão do paciente e de sua família ao tratamento tanto para o correto uso das medicações (especialmente aquelas administradas por via inalatória) quanto para o controle de fatores ambientais que podem desencadear a crise asmática. O Hospital das Clínicas da UFPE tem três ambulatórios para tratar as pessoas com a doença: Asma Grave; Asma na Gravidez e o de Asma na Infância, além de uma série de pesquisas científicas desenvolvidas sobre o assunto. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

“O uso correto do medicamento, que é prescrito de acordo com a frequência e intensidade da doença, somado aos cuidados com a manutenção de um ambiente limpo e arejado são a base do tratamento que vai manter a doença controlada e dar qualidade de vida ao paciente”, explica o chefe do Serviço de Pneumologia do HC e professor da UFPE, Ângelo Rizzo.

Estimativas indicam que de 20 a 25% das pessoas com asma (grave e moderada) precisam tomar medicação de forma regular para evitar as crises, marcadas pela falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito e tosse, entre outros sintomas. “A falta de aderência do paciente ao tratamento é um dos grandes problemas para o controle da asma. Apesar de a doença ser crônica e não haver tratamento curativo, ela pode ser bem controlada com o uso regular de medicamentos. Muitos pacientes param o tratamento quando percebem que não estão tendo crises justamente porque estavam usando os medicamentos que as preveniam”, afirma o especialista.

PESQUISA – No momento, o HC estuda a temática. “O Serviço de Alergia e Imunologia está desenvolvendo uma pesquisa científica, que vai avaliar a aderência dos pais na administração de medicação de controle em crianças asmáticas acompanhadas pelo HC. Será muito importante ter esses dados locais”, afirma Ângelo Rizzo. O estudo está ainda numa fase inicial de coleta de dados.

O especialista aponta quatro medidas que ajudam num maior engajamento dos pacientes no tratamento. “A distribuição gratuita de medicamentos, por meio de programas como o Farmácia Popular; o estímulo provocado por uma boa relação médico-paciente; o uso de aplicativos de celular que ajudam a monitorar a asma e a rinite com perguntas e lembretes; e o apoio das equipes de saúde ensinando como usar o medicamento e incentivando o seu uso”, destaca Ângelo Rizzo, que completa que muitas pessoas deixam de ter sintomas ao longo da vida.

SOBRE A DOENÇA – A asma é deflagrada por um conjunto de fatores genéticos e ambientais (poeira, ácaros, fungos, pólens, pelos de animais, fezes e corpo de barata, poluição, fumaça de cigarro, variação climática, frio, entre outros). Os sintomas também podem ser desencadeados por infecção respiratória viral, alteração emocional e esforço físico.

No Brasil, o 21 de junho foi escolhido como o Dia Nacional de Controle da Asma por ser a data que abre a inverno no hemisfério sul, estação do ano marcada pela chegada das chuvas e do frio, condições climáticas que aumentam os episódios de crises de asma, levando muitas pessoas aos prontos-socorros e hospitais.

 

Data da última modificação: 21/06/2021, 17:54