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Nudoc debate a luta por justiça, memória, verdade e reparação no evento 60 anos golpe de 1964

Encontro será realizado no dia 30 deste mês, às 14h, no anfiteatro do CCSA

No Dia Internacional das Vítimas dos Desaparecimentos Forçados, 30 de agosto, o Núcleo de Documentação sobre os Movimentos Sociais Dênis Bernardes (Nudoc) da UFPE realiza o terceiro encontro de seu II Ciclo de Debates, às 14h, no anfiteatro do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPE. A atividade marca, também, os 45 anos da Lei da Anistia, promulgada em 28 de agosto de 1979. O encontro “60 anos golpe de 1964” será uma oportunidade de partilha das vivências, análises e pesquisas sobre o período, com a reflexão sobre o significado social do golpe de 1964, o funcionamento da repressão na Universidade e a justiça de transição. As inscrições podem ser feitas no formulário on-line

Os convidados serão Edival Nunes Cajá, presidente do Centro Cultural Manoel Lisboa, e Socorro Abreu, historiadora, professora aposentada da UFPE e fundadora do Núcleo de Documentação Sobre os Movimentos Sociais Dênis Bernardes (Nudoc) da UFPE. Cajá foi preso político quando era estudante da UFPE. Na época, houve um forte movimento por sua libertação, com greves estudantis e interpelação de religiosos e artistas. Ambos são integrantes do Comitê Verdade, Memória e Justiça de Pernambuco. A mediação será feita pela coordenadora do Nudoc, a professora Soraia de Carvalho. No hall do CCSA, haverá uma mesa com documentos da Comissão Estadual Memória e Verdade Dom Helder Câmara e a exposição “A luta de classes sob a ditadura de 1964-1985”.

Sob a presidência de Dilma Rousseff, também ex-presa política, foi criada a Comissão Nacional da Verdade, em 2012, que identificou 434 mortos e desaparecidos do período. Os números são reconhecidamente limitados, levando outras organizações a também estabelecerem suas próprias investigações. Como exemplo, o Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, em 2012, criou a Comissão Camponesa da Verdade (CCV), que identificou 1.196 camponeses mortos ou desaparecidos entre 1964-1985. A Comissão de Anistia, por sua vez, estimou que cerca de 8 mil indígenas foram mortos na ditadura.

Data da última modificação: 28/08/2024, 14:10