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Projetos de pesquisa de universidades do Nordeste são destaque no site da ONU
Dois projetos estão ligados ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFPE
Projetos conduzidos por pesquisadores de universidades federais do Nordeste foram destaque no portal do braço acadêmico da ONU, a UN Academic Impact (Unai). Em matéria publicada no mês de agosto, a entidade chama atenção para três iniciativas conduzidas por alunos e professores das Universidades Federais de Pernambuco (UFPE) e da Paraíba (UFPB) nas temáticas do multilateralismo, segurança e energia.
O projeto “Multilateralismo e Desafios Globais: Passado, Presente e Futuro” é coordenado pelo professor Rafael Mesquita, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGCP) da UFPE. O estudo tem apoio do CNPq e mapeia a trajetória de tópicos centrais das Nações Unidas, analisando toda a coleção de mais de 18 mil resoluções adotadas pela Assembleia Geral da organização desde 1946. Segundo Mesquita, “embora outros estudos tenham oferecido panoramas da evolução das Nações Unidas, este é o primeiro dos últimos anos a fazê-lo utilizando a análise de citações”.
Os resultados preliminares mostram que os direitos humanos, a descolonização, o desenvolvimento e a paz e segurança foram os temas mais referidos nas últimas sete décadas, com cerca de um terço de todas as resoluções adotadas referindo-se a, pelo menos, uma das quatro questões. O Resumo Executivo sintetizando os achados foi preparado pela Editora UFPE e entregue à Unai durante visita à sede da organização.
O pesquisador Antonio Pires conduz pesquisa envolvendo o Conselho de Segurança das Nações Unidas como parte de seu doutorado em curso no PPGCP-UFPE. O estudo analisa quais as formas de intervenção e de resolução de conflitos mais enfatizadas pelos membros do Conselho a partir de base de dados UN Security Council Debates. Ao lado de equipe de pesquisadores alemães, Antonio é um dos coautores da base, que hoje contém mais de 80 mil discursos de 1995 a 2020.
Os resultados indicam que o Conselho de Segurança se comporta de forma diferente de acordo com a região do mundo em debate. Mesmo com tensões geopolíticas significativas entre os membros permanentes, o órgão é capaz de chegar a um acordo sobre formas consensuais de intervenção, tais como peacemaking, peacekeeping e peacebuilding.
O estudo permite, ainda, observar os 'estilos' diplomáticos dos membros permanentes. Segundo Antonio, “uma vez que o conjunto de dados tem uma variável para identificar todos os pontos da agenda em múltiplos níveis, é possível verificar o padrão global de comportamento de um determinado membro e quais são os casos em que este mesmo membro se desvia deste padrão”.
Por fim, o projeto Energy Treaty Matrix (Enetrix) é uma plataforma web para registo e monitoramento de acordos internacionais relacionados com a energia. É coordenado por Henry Iure de Paiva Silva, professor da UFPB e líder do Grupo de Estudos Sobre Segurança Energética – Gesene. gesene.ufpb.br. “É um sistema que fornece recursos especializados, soluções versáteis e análises diversificadas de acordos energéticos entre países e organizações transnacionais”, explicou Iure Paiva. A ferramenta alinha-se ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 7 (Energia Limpa e Acessível) e agrega dados originados da Plataforma Concórdia, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Atualmente, a plataforma é utilizada pela Missão Permanente do Brasil junto das Nações Unidas, pelas Embaixadas do Brasil nos EUA e no Canadá e pelo Departamento de Energia do Ministério. Está prevista a sua instalação em 40 outros postos diplomáticos brasileiros mundo afora.
“A gestão da UFPE tem tratado os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável como uma questão prioritária, tanto que passamos a integrar a Unai, que congrega instituições de Ensino Superior de todo o mundo comprometidas com a promoção dos princípios globais que incluem a erradicação da pobreza, a proteção dos direitos humanos, o acesso à educação e a garantia da sustentabilidade. As iniciativas de nossos pesquisadores são de importância fundamental para que a universidade se alinhe às tendências mundiais e cumpra seu papel de disseminar conhecimento”, analisa o diretor de relações internacionais da UFPE, Madson Góis Diniz.