Entre as memórias que ressignificam os “fins de linhas” e os “fios de meada” da sua experiência pessoal, a artista visual Jaci Borba apresenta uma série de trabalhos inéditos na exposição “Tramações: Linha”, que amanhã (7), no Instituto de Arte Contemporânea (IAC), no Centro Cultural Benfica (Rua Benfica, 157, Madalena), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A mostra é um desdobramento da exposição “Tramações: Cultura Visual, Gênero e Sexualidades”, atualmente em cartaz da Galeria Capibaribe, do Centro de Artes e Comunicação da UFPE. A abertura ocorrerá às 19h. A visitação poderá ser feita até o dia 25 de julho, das 9h às 19h.

Composta por trabalhos em linha (crochê e bordado), fotografia, gravuras, pinturas e instalações, “Tramações: Linha” enlaça pessoas e ervas, e narra histórias de ausências e recomeços. Explicita os vínculos entre discursos, olhares, texturas, aromas e reconecta memórias da infância na maceração de banhos de cheiro e chás curativos feitos em casa. Essas memórias constituem, através das obras de Jaci, um ser/viver o gênero.

Durante as sextas-feiras, das 14h às 17h, a artista estará presente na exposição para receber o público. Sua presença, no entanto, não se resumirá apenas à mediação dos trabalhos. Jaci Borba estará disponível para receber visitantes que desejam compartilhar memórias e histórias que, posteriormente, serão ressignificadas através do seu bordado poético.

A noite de abertura da mostra contará também com as performances “Em Vermelho Vivo”, de Jaci Borba, e “Segredos.3”, da professora e artista visual Luciana Borre.
O projeto “Tramações” veio de uma disciplina e de um projeto de pesquisa do curso de licenciatura em Artes Visuais, que visa desenvolver ações de arte-educação para professores da educação básica e estudantes de licenciatura sobre questões de gênero e sexualidades, além de legitimar a produção de jovens artistas.