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Artigo científico de doutora pela UFPE alcança elevado índice de citações na área de Ciências Farmacêuticas
A pesquisa foi orientada pelo professor Almir Gonçalves Wanderley
O artigo científico “Gastroprotective Mechanisms of the Monoterpene 1,8-Cineole (Eucalyptol)”, resultado da tese de doutorado defendida pela pesquisadora Germana Freire Rocha Caldas no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFPE, se encontra, desde o dia 19 de setembro, entre os 10% mais citados dentre os divulgados na publicação Plos One (ISSN 1932-6203).
Na pesquisa, orientada pelo professor Almir Gonçalves Wanderley, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFPE, Germana, que divide autoria no artigo com outros colegas, aponta que o grupo de pesquisa identificou que o 1,8-cineol (CIN), um monoterpeno encontrado naturalmente em muitas plantas aromáticas, é um dos principais constituintes do óleo essencial das folhas de Hyptis martiusii (OEHM), além de caracterizar a ação gastroprotetora deste óleo.
Resumo
O objetivo deste estudo foi investigar os mecanismos de ação envolvidos nas atividades antiulcerosa e curativa do CIN, a fim de confirmar sua correlação com o efeito gastroprotetor do OEHM. Os ratos Wistar foram expostos a diferentes protocolos (ulceração aguda, motilidade gastrointestinal e atividade antissecretora). Além disso, foi determinado o envolvimento dos grupos óxido nítrico (NO) e sulfidrila (-SH); os níveis de muco gástrico, peroxidação lipídica, grupos sulfidrila e atividade de mieloperoxidase. A capacidade de cicatrização foi avaliada por úlcera crônica induzida por ácido acético e análise histológica e imunohistoquímica (PCNA, Ki-67 e BrdU). O tratamento oral com CIN (50, 100 e 200 mg/kg) inibiu as lesões gástricas induzidas por etanol, etanol/HCl e indometacina. As doses mais altas de CIN inibiram o esvaziamento gástrico, mas não afetaram o trânsito intestinal. O CIN (100 mg/kg) reduziu o volume da secreção ácida basal, mas não estimulada. O CIN aumentou os níveis de muco (89,3%) evitou a depleção dos grupos -SH (62,6%), reduziu o nível de peroxidação lipídica (55,3%) e a atividade de mieloperoxidase (59,4%) na mucosa gástrica. No modelo de úlcera crônica, o CIN reduziu em 43,1% a lesão da área gástrica, promoveu regeneração e restauração significativas dos níveis de muco nas células glandulares, confirmado pela análise histológica e promoveu aumento na proliferação celular, como evidenciado pela reatividade para PCNA, Ki-67 e BrdU. Em conclusão, os achados demonstram o papel do 1,8-cineol como um importante agente cicatrizante da úlcera e indicam o envolvimento de mecanismos antioxidantes e citoprotetores no efeito gastroprotetor do composto. Este estudo também fornece evidências de que o 1,8-cineol está relacionado ao efeito gastroprotetor do óleo essencial de Hyptis martiusii.