O professor de Relações Internacionais do Departamento de Ciência Política da UFPE Rafael Mesquita publicou artigo científico no periódico "Rising Powers Quarterly", enfocando a diplomacia do Brasil e da Turquia entre 1995 e 2015. O estudo resulta da uma pesquisa original, decorrente de sua tese de doutorado que, entre outros, mapeia o número de viagens oficiais que os chefes de Estado desses países realizaram a outros países e o tamanho das missões de representação diplomática mantidas nesses países. O professor Rafael Mesquita disponibilizou os dados desta pesquisa "com o objetivo de aumentar a transparência, circulação e cooperação na pesquisa científica".

Dentre os achados ressaltados no artigo, o autor aponta que "percebeu-se que, de todas as regiões geográficas, a América do Sul foi a mais priorizada pelo Brasil, de forma consistente, de FHC a Dilma. Todavia, viu-se também que essa posição prioritária foi declinando a cada ano, o que sugere uma globalização progressiva da diplomacia brasileira". Segundo Mesquita, a Turquia, a seu turno, mostrou padrão mais errático de rápida mudança de ênfase entre regiões (da UE para o Oriente Médio, por exemplo), entre cada administração. Os dados também permitem ver o ritmo de crescimento das embaixadas de cada país em "novas fronteiras da diplomacia", como por exemplo a África.

PUBLICAÇÃO – A Rising Powers Quarterly é uma publicação sem fins lucrativos, com revisão gratuita, dedicada ao estudo do crescente papel das potências emergentes na governança global. Destina-se a explorar os processos políticos, econômicos e sociais através dos quais os estados considerados como "potências emergentes" na política mundial interagem com outros estados, bem como organizações internacionais e transnacionais.

Esta revista também visa preencher as lacunas acadêmicas na literatura sobre as potências emergentes e os temas relacionados à governança global, uma vez que há uma necessidade crescente de uma revista especializada em forças emergentes, paralelamente à sua crescente importância na política mundial.

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Professor Rafael Mesquita
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