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Editora UFPE promove lançamento do e-book Três poetas na periferia do simbolismo

A Editora UFPE sedia lançamento do e-book “Três poetas – na periferia do simbolismo”. O evento acontece no dia 29 de junho, às 17h.

De autoria do professor de Letras da UFPE e escritor Fábio Andrade, o livro “Três poetas - na periferia do simbolismo” resgata e analisa o trabalho de três (Mendes Martins, Domingos Magarinos e Agripino Silva) dos mais importantes poetas de uma fase em que Recife, durante 40 anos, viveu uma expressiva produção de poesia simbolista, esquecida pela crítica nacional.

O projeto é um desdobramento do livro “O Fauno dos trópicos”, lançado em 2015, e que trouxe pela primeira vez um panorama do simbolismo em Pernambuco, com o mapeamento de 13 poetas.  O evento conta com o incentivo do Funcultura e apoio da Editora UFPE.

“Três poetas - na periferia do simbolismo” estará disponível para download gratuito no site da Editora UFPE (www.editoraufpe.com.br) a partir do dia 29 de junho.

* Caso haja interesse, solicitar o livro em PDF pelo e-mail: carolsantos@gmail.com

Os três poetas


Mendes Martins – Há quase nenhum dado bibliográfico sobre o poeta, a não ser que faleceu aos 41 anos no Recife. Seus poemas trazem como característica mais marcante a morte como uma experiência que pode ser vivida indiretamente. O medievalismo – ou seja, a volta de temas e personagens da era medieval – e uma profunda melancolia também são marcas do escritor. “Os interesses e estilos de vida influenciavam muito a obra dos simbolistas. Há poemas de Mendes Martins que trazem todos os preceitos gnósticos. Eram as ideias a serviço da poesia”, diz Fábio.

Domingos Magarinos – Membro da tradicional família Souza Leão, passou a juventude no Recife, antes de se mudar para o Rio de Janeiro. Seus escritos trazem temas ocultistas, como a crença de uma civilização avançada na América pré-histórica, puritanos (a “mulher terrível”) e apresentam uma sonoridade que muitas vezes emula os poemas de Cruz e Souza. Magarinos também produziu poemas que se aproximam do pré-expressionismo europeu, algo raro no simbolismo brasileiro.

Agripino da Silva – Foi um poeta dividido entre a “túnica e o fraque”. Ou seja, entre o sonho e a ilusão do simbolismo e o apuro da técnica do parnasianismo. Foi um dos fundadores e editores da revista Heliópolis, uma das principais a divulgar o simbolismo em Pernambuco.  Sua poesia carrega forte inspiração da natureza, com jogo de cores.  “A obra de Agripino da Silva traz muita criação de palavras, neologismos. Há palavras que nem estão dicionarizadas. Essa experimentação é um dos fatores que separa o parnasianismo do simbolismo”, explica Fábio.

Mais informações
Contato para entrevista

Fábio Andrade – (81) 99945-0643
Assessoria de imprensa
Maria Carolina Santos – (81) 98113-6644

Data da última modificação: 07/07/2017, 10:01