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Lógica Viva Coletivo Antirracismo- 13/04 (quinta) ás 13hs

 Lógica Viva Coletivo Antirracismo- 13/04 (quinta) as 13hs, na sala 1, do CFCH/ufpe, Recife, receberemos a querida Prof.ªDra. Manuela Souza ( @manuela.dss)

 Trecho do manifesto do @matematicasnegras :

“Vivemos um momento em que a emblemática frase da ativista negra norte americana Angela Davis “Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista” se tornou pano de fundo de uma (pseudo) bandeira internacional de combate ao racismo. A popularização da pauta em várias partes do mundo ganhou força após o assassinato do norte americano negro George Floyd, covardemente sufocado por um policial branco nos EUA, que desencadeou uma onda de protestos em todo o mundo contra o genocídio negro.
 
No Brasil, a violência policial contra a população negra não é novidade. Nomes como João Pedro Matos Pinto (14 anos), Kauan Peixoto (12 anos), Jenifer Silene Gomes (11 anos) e Ágatha Vitória Sales Félix (8 anos) fazem parte das estatísticas da violência policial diária sofrida por muitos “outros” e “outras” que tiveram seus nomes e sobrenomes camuflados por estatísticas que não surpreendem mais. Não é só a brutalidade policial que mata. A morte se inicia muito antes da morte física. Se inicia com o olhar de desumanização e descaso muitas vezes não dado a um animal de estimação. Miguel Otávio Santana da Silva (5 anos) morreu ao despencar do 9º andar de um prédio em Recife, depois de ter sido abandonado a própria sorte dentro de um elevador pela patroa branca da mãe, empregada doméstica que, trabalhando, andava com os cachorros da casa. Pessoas negras em espaços predominantemente brancos são bem vistas quando estão caladas, comportadas, subservientes.
Marielle Franco (38 anos), vereadora eleita do Rio de Janeiro, mulher, negra, lésbica, mãe, e com muitas identidades que a definem mas não a resumem, pagou com a própria vida o preço pornão se calar. Mas,apesar da comoção e sentimentos de solidariedade serem importantes, é preciso entendermos criticamente como nosso posicionamento individual e coletivo– como comunidade matemática – perpetua estruturas, instituições e práticas que normalizam o racismo, o patriarcado, a homofobia e outros sistemas de opressão que
açoitam vidas negras.”
Data da última modificação: 11/04/2023, 09:14