Notícias Notícias

Voltar

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 1 em 2019

CARACTERIZAÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA E PALEOECOLÓGICA DO CRETÁCEO SUPERIOR (CAMPANIANO-MAASTRICHTIANO) DA BACIA PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL, COM BASE EM FORAMINÍFEROS

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 1 em 2019

 

Aluno(a): Robbyson Mendes Melo

 

Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Sonia Maria Oliveira Agostinho da Silva

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Eduardo Apostolos Machado Koutsoukos (Universidade de Heidelberg – Alemanha)

 

Título da pré-tese: “CARACTERIZAÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA E PALEOECOLÓGICA DO CRETÁCEO SUPERIOR (CAMPANIANO-MAASTRICHTIANO) DA BACIA PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL, COM BASE EM FORAMINÍFEROS”

 

Data: 01/02/2019

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Sonia Maria Oliveira Agostinho da Silva (Orientadora)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (PPGEOC/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Geise de Santana dos Anjos Zerfass (PETROBRAS)

5.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Claudia Gutterres Vilela (UFRJ)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Edilma de Jesus Andrade (UFS)

 

Resumo:

 

Este trabalho apresenta uma caracterização bioestratigráfica e paleoecológica com base em foraminíferos do intervalo Campaniano superior ao Maastrichtiano/Daniano da seção dos poços OLINDA e POTY, da Bacia Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram identificados 112 táxons de foraminíferos bentônicos e 88 planctônicos. O estudo das assembleias de foraminíferos planctônicos possibilitou o reconhecimento de sete biozonas. Para a seção campaniana foram reconhecidas as zonas: CF8 e CF7, onde predomina uma associação bentônica composta principalmente de Epistomina supracretacea, Alabamina dorsoplana e Orthokarstenia ewaldi; para o Maasticthiano foram identificadas as bizonas CF7, CF4/CF5, CF2/CF3, CF1, e uma associação abundante e diversificada de foraminíferos planctônicos, representados por formas bisseriadas, trocoespiraladas globosas e carenadas. Para o Daniano, com base em uma associação fossilífera pouco diversa e abundante, a Zona Pa (Parvularugoglobigerina eugubina), foi identificada. O limite entre o Maastrichtiano e o Daniano, no Poço Poty, foi reconhecido como um hiato que separa as zonas CF1 e Pa, configurado pela ausência da Zona P0. A transição Campaninao-Maastrichtiano, em ambos os poços, é caracterizada pelas primeiras ocorrências dos táxons planctônicos Pseudoguembelina palpebra, Contusotruncana contusa, Trinitella scotti e Racemigembelina powelli. A caracterização paleoecológica e paleoambiental foi baseada no estudo dos principais grupos de foraminíferos (diversidade e abundância), levando em consideração o agrupamento dos morfotipos bentônicos. Foi possível identificar 14 morfogrupos funcionais, sendo os calcário-hialinos (CH-A.1, CH-A3, CH-A.5, CH-B4 e CH-B4) os mais representativos, seguido pelos aglutinantes (AG-A). As análises das abundâncias entre os diferentes grupos de foraminíferos (planctônicos vs. bentônicos, bentônicos infaunais vs. epifaunais, calcário-hialinos/alutinantes/porcelanosos) deram suporte as interpretações paleoecológicas, mostrando uma associação bentônica abundante e diversificada, onde foi possível reconhecer seis biofácies, sendo: duas para o Campaniano (Biofácies 1 e 2), três para o Maastrichtiano (Biofácies 2, 3, 4 e 5) e uma para o Daniano (Biofácies 6). Um ambiente deposicional variando entre nerítico raso/médio (Campaniano) a nerítico externo a batial superior (Maastricthiano), pode ser inferido, onde predomina condições de alta produtividade orgânica e níveis intermediários de oxigênio.

 

Palavras-chave: Bacia Paraíba; Campaniano-Maastrichtiano; Taxonomia; Bioestratigrafia; Foraminíferos; Morfogrupos funcionais.