Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGeoc)
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Defesa de Tese de Doutorado n.º 6 em 2022
“PALEOGEOGRAFIA DO CRETÁCEO NO NORDESTE DO BRASIL: abordagem geoquímica e geocronológica estratégica das Bacias do Araripe, São Luís e Grajaú”
Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE
Defesa de Tese de Doutorado n.º 6 em 2022
Aluno(a): Thales Lúcio Santos da Silva
Orientador(a): Prof. Dr. João Adauto de Souza Neto
Coorientador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (UFPE)
Título: “PALEOGEOGRAFIA DO CRETÁCEO NO NORDESTE DO BRASIL: abordagem geoquímica e geocronológica estratégica das Bacias do Araripe, São Luís e Grajaú”
Data: 31/08/2022
Horário: 10h
Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/msv-nugm-exk
Banca Examinadora:
Titulares:
1.º Examinador(a): Prof. Dr. João Adauto de Souza Neto (Orientador)
2.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/CTG/UFPE)
3.º Examinador(a): Prof. Dr. Claus Fallgatter (PPGEOC/CTG/UFPE)
4.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Juliana Charão Marques (UFRGS)
5.º Examinador(a): Prof. Dr. René Rodrigues (UERJ)
Suplentes:
1.º Examinador(a): Prof. Dr. Gelson Luís Fambrini (PPGEOC/CTG/UFPE)
2.º Examinador(a): Prof. Dr. Victor Hugo Santos (UENF)
Resumo:
As formações Codó (Bacia de São Luís-Grajaú) e Ipubi (Bacia do Araripe), que cons-tituem sequências de folhelhos negros e evaporitos, vêm sendo correlacionadas de-vido a sua sequência litológica e conteúdo fossilífero. Entretanto, estudos geoquími-cos relacionando ambas as formações não tinham sido realizadas, até o momento, de forma a elucidar questionamentos sobre o ambiente deposicional, idade de deposição e consequente contexto paleogeográfico. Com o uso de parâmetros geoquímicos (or-gânicos, inorgânicos e isotópicos), apresentam-se aqui condições paleoambientais, geocronológicas e paleogeográficas dos folhelhos negros de ambas as formações. Essas rochas se depositaram em condições óxicas-subóxicas (V/Cr < 2; COT/NT > 5; d15Ntotal = 3,7-6,9‰), em um paleoclima quente-úmido (Rb/Sr < 1; Sr/Cu < 5; Fe/Mn elevados; valores de d13Corg negativos) e com variações de paleossalinidade (Sr/Ba < 0,2) devido ao corpo d’água ser estratificado. Além disso, os folhelhos negros pos-suem matéria orgânica de fonte marinha com influência terrígena (razão COT/NT baixa) na Bacia de São Luís-Grajaú, enquanto possuem fonte terrestre com influência lacustre e fonte marinha com influência lacustre (razão COT/NT elevada) na região NE e NW da Bacia do Araripe, respectivamente. A partir da geocronologia Re-Os, os folhelhos negros da Formação Codó se depositaram em 119,52 ± 2,51Ma (Barremi-ano Superior-Aptiano Inferior), anteriormente ao Evento Oceânico Anóxico 1a. Asso-ciado a isso, sugere-se que a Formação Codó seja diacrônica à Formação Ipubi, uma vez que esta se depositou em 122,61 ± 3,5Ma (geogronologia Re-Os). Devido aos estudos geoquímicos aqui realizados, infere-se que durante o intervalo Aptiano Infe-rior-Barremiano Superior: (i) a entrada do Mar de Tethys nos folhelhos negros da Formação Codó teria ocorrido pela Bacia de São Luís, mas se restringindo à região dessa bacia – uma vez que ela é limitada pelo Arco Ferrer-Urbano Santos; e (ii) a entrada do Mar de Tethys que afetou os folhelhos negros da Formação Ipubi teria ocorrido pela Bacia do Potiguar; entretanto, essa ingressão teria se limitado à região SW da Bacia do Araripe – uma vez que a região N-NE dessa bacia estava topografi-camente mais elevada, por efeito de horsts gerados pela reativação de zonas de ci-salhamento, enquanto a região SW encontra-se em uma plataforma topograficamente mais rebaixada.
Palavras-chave: Folhelhos Negros; Formação Codó; Formação Ipubi; Geocronologia; Paleoambiente; Paleogeografia