Notícias Notícias

Voltar

Defesa de Tese de Doutorado n.º 2 em 2022

“IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DE VERTEBRADOS CRETÁCICOS DA SUB-BACIA JAMES ROSS (PENÍNSULA ANTÁRTICA) POR MEIO DA ANÁLISE OSTEOHISTOLÓGICA”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 2 em 2022

 

Aluno(a): Lúcia Helena de Souza Eleutério

 

Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Juliana Manso Sayão

 

Coorientador(a): -

 

Título: “IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DE VERTEBRADOS CRETÁCICOS DA SUB-BACIA JAMES ROSS (PENÍNSULA ANTÁRTICA) POR MEIO DA ANÁLISE OSTEOHISTOLÓGICA”

 

Data: 11/02/2022

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: http://meet.google.com/kua-exve-nzd

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Juliana Manso Sayão (Orientadora)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Gustavo Ribeiro de Oliveira (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Marina Bento Soares (UFRJ)

4.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Mariana Valéria de Araújo Sena (UNIVISA)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Renan Alfredo Machado Bantim (URCA)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Flaviana Jorge de Lima (UFPE)

 

Resumo:

 

Vertebrados fósseis da Antártica são consideravelmente raros, apresentando aspecto fragmentado e desarticulado, o que dificulta nosso entendimento da história evolutiva da biota fóssil daquele continente. Nesse sentido, análises osteohistológicas constituem uma importante ferramenta na identificação desses registros, uma vez que a preservação da microestrutura óssea, guarda as informações sobre a história de vida dos organismos. Apesar disso, poucos trabalhos foram realizados envolvendo a osteohistologia de espécimes procedentes da Antártica. Visando aprimorar o conhecimento sobre esta biota fóssil, o objetivo deste estudo foi identificar os grupos de vertebrados cretáceos preservados na Sub-bacia James Ross (Península Antártica) através de suas características osteohistológicas. O material utilizado consiste de 20 fragmentos de ossos de vertebrados coletados durante a Operação Antártica XXXV, realizada em 2016 pelo projeto PALEOANTAR. As características histológicas observadas a partir de lâminas delgadas mostraram uma predominância de répteis aquáticos na amostra, embora também tenham sido registrados animais terrestres e voadores. Os padrões ósseos osteoporóticos, paquiostóticos, osteocleróticos e paquitososcleróticos foram associados à Plesiosauria indet. (Reptilia, Sauropterigia) e Mosasauridae indet. (Reptilia, Squamata). São microestruturas relacionadas às variadas adaptações para o nado, previamente descritas para estes animais. A presença de fibras estruturais no tecido ósseo secundário em lâminas confeccionadas em um osteoderma, permitiu a identificação de dinossauros da infraordem Ankylosauria (Dinosauria, Ornithischia), pois constituem microestruturas exclusivas desse grupo. A presença de um córtex mais fino, composto de tecido fibrolamelar, canais vasculares longitudinais de diâmetros semelhantes, sem sinais de anastomoses e compostos apenas por ósteons primários, com uma cavidade medular livre, permitiram a confirmação do primeiro registro de pterossauros no Cretáceo da Antártica (MN 7800-V). Este estudo comprovou que a utilização da microestrutura óssea representa uma ferramenta eficaz para a identificação de material fragmentado. Dessa forma contribuindo para o conhecimento da história evolutiva, diversidade e paleobiologia da fauna fóssil na Península Antártica.

 

Palavras-chave: Paleohistologia; Répteis; PALEOANTAR; Antártica; Cretáceo.