Notícias Notícias

Voltar

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 7 em 2018

“PETROLOGIA E GEOQUÍMICA DO BATÓLITO RIO FORMOSO, DOMÍNIO PERNAMBUCO-ALAGOAS”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 7 em 2018

 

Aluno(a): Raphael Lima Pereira da Silva

 

Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Valderez Pinto Ferreira

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Alcides Nóbrega Sial (UFPE)

 

Título:PETROLOGIA E GEOQUÍMICA DO BATÓLITO RIO FORMOSO, DOMÍNIO PERNAMBUCO-ALAGOAS

 

Data: 18/06/2018

 

Horário: 14h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Valderez Pinto Ferreira (Orientadora)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Adejardo Francisco da Silva Filho (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Anelise Losangela Bertotti (UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Gorki Mariano (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Carla Joana Santos Barreto (UFPE)

 

Resumo:

 

O domínio Pernambuco-Alagoas é o domínio crustal onde se encontram os maiores batólitos graníticos da Província Borborema, nordeste do Brasil. A parte leste deste domínio é caracterizada pela intrusão do batólito composto Ipojuca-Atalaia, no qual está inserido o batólito Rio Formoso. Neste trabalho são apresentados os dados geoquímicos e isotópicos, além do mapeamento geológico na escala de 1:70.000. O batólito Rio Formoso consiste de quatro fácies: quartzo monzodiorito a granodiorito fino (QMGF), quartzo monzonito a monzogranito porfirítico (QMMP), monzogranito a sienogranito médio (MSM), monzogranito a sienogranito porfirítico (MSP). Enclaves máficos sigmoidais caracterizam a fácies QMMP. As quatro facies mostram grande variação química, com os valores de SiO2 variando de 56 a 73%, alto teor de K2O oscilando de 2,78 a 6,21%, CaO mostrando variação de 0,88 a 4,88%, e de Fe2O3t oscilando entre 1,33 a 9,04%, valores razoáveis de MgO entre 0,15 a 3,08%, e P2O5 de 0,03 a 0,91%, e baixo TiO2 variando de 0,18 a 1,85%. As amostras da fácies MSP são as mais diferenciadas enquanto que a fácies QMGF são as menos diferenciadas. As tendências de correlações interelementares sugerem fracionamento das fases minerais apatita, titanita, oxido de ferro, plagioclásio e anfibólio com a diferenciação magmática. Para todas as fácies os padrões de ETR mostram um enriquecimento ETRL em relação ao ETRP, com anomalia de Eu ligeiramente negativa, sendo um pouco mais acentuada para a fácies MSM, possivelmente relacionada ao fracionamento de plagioclásio. São rochas metaluminosas a levemente peraluminosa, shoshoniticas e ferrosas. Em diagramas discriminantes de ambiente tectônico indicam intrusão em ambiente intra-placa; no conjunto são características de granitos do tipo A. Por outro lado, as razões Y/Nb variam entre 0,769 e 2,88; sendo a maioria classificadas como típicas de granitos tipo A originados de outros ambientes tectônicos que não anorogênico, com fontes crustais. Os dados isotópicos Sm-Nd e Rb-Sr, (£Nd -13,84 a -17,50) e razão inicial 87Sr/86Sr(i)=0,70939, sugere que o granito Rio Formoso se originou de fusão parcial na crosta. Idade modelo TDM=1.9 e anomalias negativas de Nb-Ta sugerem fusão parcial de crosta paleoproterozóica subductada. Dados sugerem fusão parcial de rocha basáltica de médio a alto-K. Os dados U-Pb SHRIMP de zircão da fácies QMMP indicam uma idade de 580,7 ± 4,2Ma, interpretada como idade de cristalização e alojamento do Batólito Rio Formoso durante os estágios finais da orogênese Brasiliana.

 

Palavras-chave: Domínio Pernambuco-Alagoas; Batólito Rio Formoso; Granito Tipo A; Geoquímica; Rocha Fonte; Shoshonito.