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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 3 em 2023

“ORIGEM E CARACTERIZAÇÃO DO QUARTZO AZUL EM METARRIOLITOS DO GRUPO RIO DOS REMÉDIOS, PARAMIRIM (BA)”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 3 em 2023

 

Aluno(a): Danielle Cruz da Silva

 

Orientador(a): Prof. Dr. Lauro Cézar Montefalco de Lira Santos

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Pedro Luiz Guzzo (UFPE)

 

Título: “ORIGEM E CARACTERIZAÇÃO DO QUARTZO AZUL EM METARRIOLITOS DO GRUPO RIO DOS REMÉDIOS, PARAMIRIM (BA)”

 

Data: 14/02/2023

 

Horário: 9h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/vrz-gwtp-bvv

 

Banca Examinadora:

 

Presidente:

 

Prof. Dr. Lauro Cézar Montefalco de Lira Santos (Orientador)

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Adriane Machado (UFS)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Cristiane Paula de Castro Gonçalves (UFOP)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Haroldo Monteiro Lima (UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Carla Joana Santos Barreto (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Simone Cerqueira Pereira Cruz (UFBA)

 

Resumo:

 

As variedades do quartzo ocupam uma fração considerável da crosta continental, ocorrendo com abundância em vários tipos de rochas, como granitos, riolitos, gnaisses e rochas siliciclásticas. Apesar de ocorrer na maioria das vezes como cristais incolores, existem uma grande gama de variedades coloridas, o quartzo azul é uma delas. Cristais de quartzo com coloração azul é um raro componente de rochas ígneas e está presente principalmente em granitos, granodioritos, riolitos e charnoquitos, e seus equivalentes metamórficos. Apesar de pouco frequente, foram contabilizadas 245 ocorrências de quartzo azul no mundo, e o Brasil concentra um número considerável. O estado de Bahia é um importante representante devido a concentração de ocorrências que têm potencial de se tornar um indiciador para as condições de cristalização de rochas portadoras de quartzo azul. Este trabalho apresenta uma investigação integrada de diversas análises, sobre a caracterização e origem da ocorrência de quartzo azul em rochas metavulcânicas no sudoeste da Bahia. A mineralogia das rochas consiste essencialmente em fenocristais de quartzo e K-feldspato, imersos em uma matriz quartzo/felspastática e composta por biotita, muscovita, fluorita, alanita, clorita, zircão e minerais opacos. Análises de microssonda eletrônica revelaram a presença de dois tipos distintos de biotita (magmática e neoformada), de micas brancas ricas em ferro e de ortoclásio. Quando analisado os cristais de quartzo separadamente, as análises realizadas em diversas técnicas não foram capazes de apontar nenhuma característica distinta de aquelas presentes em cristais incolores. Apenas por meio da microscopia de transmissão foi possível constatar a presença de dois tipos de inclusões sólidas submicroscópicas ricas em Ti. Tal característica é recorrente em cristais de quartzo azul e origem da cor está associada ao processo de espelhamento da luz (espelhamento de Rayleigh) através das pequenas partículas. Acredita-se que a geração de tais inclusões se dá pelo processo de exsolução durante o crescimento e resfriamento do cristal. A mineralogia destas rochas está muito próxima a de magma peraluminosos e alcalinos, ricos em Ti, comuns em ambientes anorogênicos do tipo A. Tais configurações são terrenos férteis para a geração de rochas portadoras de quartzo azul.

 

Palavras-chave: Quartzo azul; Inclusões; Espelhamento da luz; Rayleigh; Metavulcânicas