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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 11 em 2023

“COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS MINERAIS-MINÉRIO E GEOCRONOLOGIA Pb-Pb EM PIRITA POR LA-ICP-MS DA MINERALIZAÇÃO AURÍFERA DO DEPÓSITO SÃO FRANCISCO, FAIXA SERIDÓ, CURRAIS NOVOS (RN)”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 11 em 2023

 

Aluno(a): Marceonila Marcela Bezerra da Cunha

 

Orientador(a): Dr. João Adauto de Souza Neto

 

Coorientador(a): Dr. Sebastião Rodrigo Cortez de Souza (UFPE)

 

Título: “COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS MINERAIS-MINÉRIO E GEOCRONOLOGIA Pb-Pb EM PIRITA POR LA-ICP-MS DA MINERALIZAÇÃO AURÍFERA DO DEPÓSITO SÃO FRANCISCO, FAIXA SERIDÓ, CURRAIS NOVOS (RN)”

 

Data: 31/08/2023

 

Horário: 9h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/jno-fwzs-xet

 

Banca Examinadora:

 

Presidente:

 

Dr. Sebastião Rodrigo Cortez de Souza (Coorientador)

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Dr. Gorki Mariano (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr. Lauro Cézar Montefalco de Lira Santos (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Dr. Ricardo Guimarães Sallet (UFRN)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Dr. Douglas José Silva Farias (Trilha Gold PE Mineração LTDA)

2.º Examinador(a): Dr. Tiago Siqueira de Miranda (PPGEOC/CTG/UFPE)

 

Resumo:

 

O depósito aurífero São Francisco (DASF), localizado no município de Currais Novos (RN), é do tipo ouro orogênico que consiste de veios de quartzo auríferos encaixados em mica xistos neoproterozoicos do Grupo Seridó. Geologicamente, o depósito está inserido na Faixa Seridó, da Província Borborema, que corresponde a um cinturão de dobramentos associados a transcorrências. A região exibe várias ocorrências minerais, agrupadas em depósitos de ouro orogênico, skarns (W-Mo, W-Mo-Au-Bi-Te, Cu) e pegmatitos (Nb-Ta, Be, Li e gemas), configurando a denominada Província Mineral do Seridó. A caracterização petrográfica e geoquímica dos minerais-minério associados ao ouro foi realizada com microscopia sob luz refletida e Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) acoplado com Espectrômetro de Energia Dispersiva (EDS) e Detector de Elétrons Secundários (BSE). O EDS foi usado para a obtenção da composição química mineral e o BSE para o imageamento de mais elevada resolução dos minerais investigados. Os sulfetos e arsenieto que constituem a paragênese do ouro são pirita>pirrotita>arsenopirita>galena>calcopirita>lollingita. Subordinadamente ocorrem calcita e clorita associadas à esta paragênese. A alteração hidrotermal desenvolvida nos mica xistos em torno das vênulas e veios auríferos produzem halos de alterações com cerca de 1 a 5m de largura. A partir das análises de composição química mineral foi possível se conhecer a assinatura geoquímica do fluido mineralizante, sendo caracterizada por Ag, Pb, As, Zn, Co e Ni. Estas análises permitiram identificar, pela primeira vez no depósito, a ocorrência da lollingita (FeAs2). A ocorrência da lollingita, um arsenieto de ferro encontrado em depósitos auríferos mesotermais, em equilíbrio textural com arsenopirita e pirrotita, aponta para um enriquecimento de arsênio no depósito estudado. A partir das associações minerais e texturas obtidas com o estudo petrográfico detalhado, foram identificados dois estágios, um de mineralização e o outro de remobilização do ouro, ambos com sulfetos associados. O estágio de mineralização é caracterizado pela cristalização de sulfetos (pirita I > pirrotita I > arsenopirita I > galena I) em geral euédricos à subédricos, de granulação grossa e apresentando contatos retos e bem definidos. O estágio de remobilização é definido pela cristalização de sulfetos (pirita II e III, arsenopirita II, galena II e III > calcopirita I e II > lollingita), que na maioria das vezes são anédricos, caracterizados pelas texturas de injeção da galena ao longo de fraturas em minerais da ganga e na pirita, além da calcopirita na pirita. Foram obtidas idades modelo Pb-Pb em pirita por LA-ICP-MS para o estágio de mineralização entre 516 e 500Ma e para o estágio de remobilização entre 499 e 484Ma. As idades encontradas são compatíveis com aquelas de alojamento de corpos pegmatíticos e atuação de zonas de cisalhamento na Faixa Seridó. A partir das razões isotópicas de chumbo 206Pb/204Pb, 207Pb/204Pb e 208Pb/204Pb das amostras MF-180, MF-181 e MF-182, obtidas com LA-ICP-MS pode-se apontar o manto como possível ambiente geológico fonte do chumbo do DASF.

 

Palavras-chave: Ouro; Química Mineral; Geocronologia Pb-Pb; Depósito São Francisco; Faixa Seridó