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Núcleo de Design do CA fabrica máscaras rígidas 3D para hospitais

O Núcleo de Design e Comunicação do Campus do Agreste (CA), em Caruaru, tomou a iniciativa de fabricar máscaras rígidas, utilizando a impressora 3D, para serem usadas pelos profissionais de saúde do município no combate ao coronavírus (Covid-19). O principal material utilizado é o amido de milho, ou seja, os equipamentos fabricados não levam petróleo e não possuem substâncias tóxicas em sua composição, além de serem reutilizáveis e fáceis de limpar, bastando utilizar álcool.

O professor Lucas Garcia aparece na foto usando umas das máscaras rígidas impressas em 3D. Ele está em close na foto. A máscara é como um escudo transparente, presa atrás da cabeça com um elástico e protege o rosto todo de partículas contaminadas que podem ser expelidas pelo doente.

Lucas Garcia, coordenador do projeto de impressão das máscaras 3D do CA, usando máscara rígida impressa.

O Núcleo de Design e Comunicação do Campus do Agreste (CA), em Caruaru, tomou a iniciativa de fabricar máscaras rígidas, utilizando a impressora 3D, para serem usadas pelos profissionais de saúde do município no combate ao coronavírus (Covid-19). O principal material utilizado é o amido de milho, ou seja, os equipamentos fabricados não levam petróleo e não possuem substâncias tóxicas em sua composição, além de serem reutilizáveis e fáceis de limpar, bastando utilizar álcool.

O projeto vem sendo desenvolvido em parceria pelo Laboratório de Ergonomia (LabErgoQG), que é coordenado pelos professores Bruno Barros e Lucas Garcia; pelo Laboratório de Design Inclusivo (LabDIn), cuja coordenação é feita pelas professoras Marcela Bezerra e Rosimeri Pichler; e pelo Laboratório de Tecnologia (LabTec), coordenado pelos docentes Manuel Guedes e Fábio Caparica. O Armazém da Criatividade também está dando suporte ao projeto recortando as películas que são afixadas às peças impressas em 3D. O projeto conta com a participação de alunos da graduação dos cursos de Design e de Engenharia de Produção.

O professor responsável pela coordenação do projeto de impressão das máscaras, Lucas Garcia, do LabErgoQG, espera entregar 300 unidades para a Secretaria de Saúde de Caruaru até esta sexta-feira (03/04). “Depois dessa data, nós queremos produzir mais 700 máscaras, assim somando o quantitativo de 1 mil unidades destinadas à Secretaria de Saúde do Município”, afirma Garcia.

As máscaras são na realidade protetores faciais, que devem ser presos atrás da cabeça por um elástico e usados por cima da máscara cirúrgica descartável, dessa forma, o uso de uma não anula a necessidade do uso da outra. O protetor funciona como um escudo, cobrindo o rosto todo com uma película de acetato transparente, impedindo que gotículas contaminadas, expelidas pelo doente, sejam transportadas pelo ar e se depositem no rosto do profissional de saúde que estiver encarregado de seus cuidados. O protetor inclusive evita que a própria pessoa toque em seus olhos, que são também porta de entrada para o coronavírus.

Até agora as máscaras rígidas foram fabricadas com matéria-prima comprada pelos professores dos laboratórios e através de uma doação de filamento e PVC pela Secretaria de Saúde de Caruaru. Mas, o material está acabando, por isso se empresas interessadas em ajudar quiserem fazer uma doação de material, esta será muito bem-vinda. Os materiais utilizados e que podem ser doados são rolos de filamentos em PLA para impressão 3D (que é originado a partir do amido de milho, o que o caracteriza como biodegradável); chapas de PVC de 3 mm; e lâminas de acetato de 0,2 mm. O professor Lucas Garcia solicita que as empresas entrem em contato primeiro por e-mail antes da doação, através do lucas.jgarcia@ufpe.br. 

O modelo de protetor facial foi originalmente desenvolvido por uma empresa da Tchéquia (novo nome da República Tcheca desde 2016) e dura em média três horas para imprimir apenas uma unidade. Mas o Departamento de Design do CAA desenvolveu uma versão que é bem mais simples, funciona da mesma forma, e ainda tem a vantagem de conseguir ser impressa na metade do tempo. Apesar disso tudo, como o material usado para a impressão 3D é difícil de encontrar e, por causa da quarentena, muitos estabelecimentos estão fechados, uma nova versão da máscara rígida foi desenvolvida por eles e não possui a necessidade do uso de uma impressora em 3D. Essa versão é muito simples e mais barata, “e vai dar até para as pessoas fazerem em casa”, segundo Garcia. Precisando, para isso, ter em mãos um pedaço de um cano normal de PVC e uma película plástica transparente (como aquelas utilizadas em retroprojetores). A ideia é fazerem um vídeo ensinando às pessoas o passo a passo de como montar a sua própria máscara e postar no Instagram do Laboratório de Design Inclusivo (@labdin.caa.ufpe). O andamento da produção das máscaras em 3D também pode ser acompanhado pelo instagram do LabDIn.

 

Contato:

Lucas Garcia (docente do Núcleo de Design do CA) – lucas.jgarcia@ufpe.br

 

Data da última modificação: 03/04/2020, 14:47
O aluno Zadir César de Cerqueira, do curso de Engenharia da Produção do Campus do Agreste, aparece usando a máscara mais simples, feita em PVC com folha de acetato e que não precisa ser feita na impressora 3D. A máscara é um protetor facial que funciona como um escudo transparente que cobre o rosto todo.

Zadir Cerqueira, aluno de Engenharia de Produção do CA, usando a máscara mais simples, feita com cano de PVC e folha de acetato, que não precisa ser feita na impressora 3D.