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Equipe de TO do HC produz prancha de comunicação alternativa e coxins para pacientes com a Covid-19

A Terapia Ocupacional trabalha diretamente com o paciente crítico em UTI utilizando recursos de estimulação motora, sensorial e cognitiva

A equipe de Terapia Ocupacional (TO) do Hospital das Clínicas da UFPE está atuando no tratamento de pacientes com a Covid-19 no hospital-escola seja no suporte à Unidade de Terapia Intensiva oferecendo a eles conforto e segurança, seja com a elaboração do plano de ação para intervenção com os pacientes na Enfermaria para melhoria da qualidade de vida. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Fotos: Divulgação

Materiais auxiliam a dar conforto aos pacientes e evitar atrofias e úlceras

A Terapia Ocupacional trabalha diretamente com o paciente crítico em UTI utilizando recursos de estimulação motora, sensorial e cognitiva a fim de melhorar o nível de alerta do paciente, prevenir o surgimento de delirium (disfunções da consciência, atenção, memória, pensamento, orientação, linguagem ou outras áreas da cognição) e preservar os componentes motores necessários para manter a independência deles nas atividades do dia a dia. Mas, excepcionalmente, devido à necessidade de haver uma menor circulação de pessoas num ambiente de contágio, a equipe de TO está agora na retaguarda como suporte à equipe da UTI e ao paciente.

Neste novo papel, a equipe de Terapia Ocupacional criou duas estratégias em prol da qualidade de vida do paciente na UTI: a primeira foi a confecção de uma prancha de comunicação alternativa que facilita a conversação entre ele e a equipe de assistência adaptada às necessidades do paciente com a Covid-19. “Como o paciente está intubado e consciente, a comunicação se dá por meio de placas em que a equipe de assistência e ele interagem trocando informações”, explica a terapeuta ocupacional Luciana Nascimento.

O paciente com a Covid-19 tem algumas peculiaridades em relação aos outros pacientes de UTI: ele pode estar intubado e, muitas vezes, estar consciente. Mas não pode receber visitas. “O paciente crítico de uma UTI comum recebe visitas, mas o que está com a Covid-19 precisa ficar isolado (por causa do contágio da doença), por isso, sentimos a importância de criar essa prancha adaptada às necessidades dele que quer saber como está a família, quer as notícias de quem ficou em casa”, salienta a coordenadora da Terapia Ocupacional do HC, Amanda Belo.

A segunda estratégia foi a confecção de coxins de posicionamento para evitar úlceras de decúbito nos pacientes. “São dois tipos: um para as mãos do paciente e outro para a cabeça (protegendo as orelhas). Estudos apontam que, após quatro dias de desuso, as mãos de pacientes imobilizados começam a apresentar contraturas e atrofias que podem levar a deformidades comprometedoras do desempenho. Já os coxins de cabeça protegem as orelhas dos pacientes que estão no posicionamento em prona (barriga para baixo e a cabeça lateralizada) evitando úlceras provocadas pela pressão”, esclarece Luciana Nascimento.

Cartilhas servem para orientação e rotinas para os pacientes

Na Enfermaria, o plano de ação inclui uma cartilha com organização da rotina e orientações aos pacientes de como desempenhar as suas atividades do cotidiano (banho, alimentação, troca de roupa etc.) conservando energia nesse período de convalescença.

Data da última modificação: 27/05/2020, 17:29