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NUDOC promove ações culturais sobre a memória da resistência à Ditadura de 1964-1985
No mês de março, quando se completam 61 anos do golpe de 1964 e 40 anos da posse do primeiro presidente civil após 21 anos de regime militar, o Núcleo de Documentação sobre os Movimentos Sociais Dênis Bernardes (NUDOC-UFPE) promove ações de extensão e cultura para chamar a atenção para os militantes e organizações que enfrentaram o Estado ditatorial, destacando as causas pelas quais lutavam.
O projeto está sendo executado por meio do edital da Superintendência de Cultura e foi planejado junto a organizações como o Comitê Memória Verdade Justiça e Reparação, o Centro Cultural Manoel Lisboa, a Associação Pernambucana de Anistiados Políticos (APAP), a Associação de Moradores da Várzea e o Espaço Cultural Peixe Beta, junto às quais decidiu-se destacar a memória de Soledad Barret e Padre Henrique. Caso não tivessem sido assassinados por agentes estatais e paramilitares a serviço da ditadura, Soledad e Padre Henrique completariam 80 e 85 anos, respectivamente.
A história de ambos se relaciona com o território da Várzea, bairro onde o projeto desenvolverá suas ações. Padre Henrique, auxiliar de Dom Helder Câmara, foi martirizado em 27 de maio de 1969 por paramilitares do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) e policiais civis, na Cidade Universitária. Uma poderosa marcha silenciosa com grande participação de estudantes, com cerca de dez mil pessoas, partiu da Igreja do Espinheiro, onde o corpo foi velado, até o Cemitério da Várzea, onde foi enterrado. Soledad Barret foi enterrada no mesmo local, porém de forma clandestina e até hoje seus restos mortais não foram localizados e identificados. A jovem militante paraguaia, após ser delatada por seu ex-companheiro, foi sequestrada, torturada e morta por agentes do Estado. Sua história foi marcada pela defesa das causas populares e do socialismo, tendo passado pelo Uruguai, Argentina, Cuba e Brasil.
Por meio das histórias de Padre Henrique e Soledad Barret, com materiais gráficos, exposições informativas, obras de artes visuais, debates e oficinas, o projeto pretende preservar e difundir a memória e história das lutas sociais e propiciar reflexões sobre a relação entre arte, cultura e política.
De forma interdisciplinar, articularemos discentes e docentes das áreas de Serviço Social, História, Design e Artes Visuais. As professoras Luciana Borre, Joana D’Arc de Sousa Lima e Maria das Vitórias Negreiros do Amaral, realizarão atividades junto a estudantes de artes visuais conectando arte e política, por meio de intervenções têxteis com base em produções artísticas e fotografias referentes ao período ditatorial. O professor Eduardo Souza, da gráfica Escola do IFPE, produzirá junto aos discentes materiais gráficos com poesia e imagens referentes ao período. E o professor de Serviço Social Adilson A. Silveira Júnior conduzirá a oficina “A música na ditadura entre a resistência e a cultura”, com audição de vinis, mediada por discentes de Serviço Social.
Convidamos a comunidade a participar das atividades abertas ao público:
14 de março, sexta-feira, às 14h30
Oficina: A Música na ditadura entre a resistência e a censura
Audição de vinis e debate, com o professor Adilson A. Silveira Júnior e exposição “Luta de classes sob a ditadura de 1964-1985”.
Local: Espaço Peixe Beta - Rua Francisco Lacerda, 131 - Várzea
Vagas limitadas, faça sua pré-inscrição aqui:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe7XmK4yAnotUVH78IcSKR4X4VV8y7-Yu6GpuwA5385IqiZUw/viewform
29 de março, sábado, a partir das 7h
Memórias da luta contra a ditadura
Discotecagem de vinis temáticos, exposição “Luta de classes sob a ditadura de 1964-1985” e de produções de discentes e docentes do curso de Artes Visuais da UFPE e Design do IFPE, articuladas com o projeto.
Local: Espaço Agroecológico da Várzea, na Praça da Várzea




