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17 DE MAIO - Dia Internacional de Luta Contra LGBTfobia

17 de maio marca a data que, em 1990, a homossexualidade deixou de ser lida enquanto patologia, na lista de Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS).

17 de maio marca a data que, em 1990, a homossexualidade deixou de ser lida enquanto patologia, na lista de Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta data ainda representa o fim do uso do termo “homossexualismo” para designar orientações sexuais, uma vez que o sufixo -ismo, nesta palavra, a categoriza enquanto uma doença. A partir de então o termo homossexualidade passou a ser utilizado. Por conseguinte, a comunidade LGBTI inclui este dia dentro das datas importantes dentro do calendário da luta pelos direitos das lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans e travestis. Apesar dos avanços, a luta pela igualdade de direitos da comunidade LGBTI no Brasil ainda está longe de terminar. Desta forma, o dia 17 de maio não representa uma data comemorativa, mas um momento de conscientização sobre as pautas desta população. 

 

O último Relatório de Mortes Violentas de LGBT’s no Brasil, feito pela organização Grupo Gay da Bahia- GGB, de 2018, mostra que neste ano 420 LGBTI’s morreram vítimas de homolesbotransfobia no Brasil. Estatisticamente isso significa que a cada 20 horas uma pessoa LGBTI é assassinada ou se suicida por conta da LGBTfobia, o que coloca o Brasil no topo do ranking de mortes de pessoas desta comunidade no mundo, a frente de países do Oriente Médio e África onde há pena de morte para pessoas LGBTI. O mesmo relatório ainda aponta que as chances de uma pessoa trans/travesti sofrer uma morte violenta por conta da LGBTIfobia é 17 vezes maior que a de um homem gay e ainda classifica este grupo como o mais vulnerável estes tipos de morte.

 

Apesar da despatologização da homossexualidade ter se dado no início dos anos 90, apenas em 2018 a Organização Mundial de Saúde reconheceu a despatologização das identidades Trans e Travestis com a  retirada da transexualidade da lista de transtornos mentais da Classificação Internacional de Doenças (CID) e readequação para a CID-11 como “incongruência de gênero”, isso significa que hoje a OMS entende que a transexualidade não se trata de uma doença mental, mas que pelas especificidades desta população, devido a desigualdade social, transfobia e outros fatores, se faz necessário que o estado dê acesso ao sistema de saúde de forma integral.

 

Como vitória mais recente na comunidade LGBTI no Brasil, no dia 1 de maio de 2020, o Superior Tribunal Federal -STF, decidiu retirar a restrição que impedia pessoas homossexuais a doarem sangue. A votação verificou a constitucionalidade das normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que restringiam a doação de sangue por homens que tivessem tido relações sexuais com outros homens em um período de 12 meses. 

 

Na UFPE, a Diretoria LGBT atua em ações que vão desde o acolhimento da comunidade LGBTI, ações educativas que visam a prevenção de casos de LGBTIfobia nos campi  da universidade, ações conjuntas com órgãos que visam a segurança desta população, ações de pesquisa, extensão e apoio a saúde dos/das servidores/as e discentes LGBTI’s da comunidade acadêmica. Destacamos que neste período de pandemia é de extrema importância o cuidado pessoal e coletivo dentro e fora da comunidade LGBTI, cuidados estes que vão desde o respeito ao isolamento social, para aqueles/as que tiverem a oportunidade de cumpri-lo, até o reforço na rede de apoio às comunidades mais vulneráveis. Devido às restrições de circulação, a diretoria funcionará de forma remota durante o período de quarentena, desta forma, nos colocamos à disposição para encaminhamentos e retirada de dúvidas através do e-mail diretoria.lgbt@ufpe.br

 
Data da última modificação: 17/05/2020, 21:20