ESCLARECIMENTOS:

Temos recebido muitos comentários a respeito do material que perdemos. Muitos desses questionam sobre não termos armazenamentos em nuvem ou feito qualquer tipo de backup. Para que fique claro: nós tínhamos backups de segurança, tínhamos armazenamento em nuvens (mais de um até).

No entanto, trabalhar com preservação documental/preservação digital requer uma série de procedimentos que não cabem ser detalhados nesta publicação, mas que são muito trabalhosos, expansivos e custosos. Além do mais, o volume de materiais que trabalhávamos era imenso: acervos do Arquivo e da Biblioteca (a qual não teremos acesso pelos próximos anos, pois está interditada para reforma), resultado do ajuntamento de 193 anos de existência da FDR, da qual selecionamos apenas uma fração existente para trabalhar e ainda assim, trata-se de parte considerável do acervo. Para se ter uma noção, tentamos utilizar o repositório virtual da UFPE e não foi possível, dado o tamanho dos arquivos.
Temos ainda algumas cópias, mas elas não possuem a qualidade do arquivo original. Repetindo: não era possível armazenar esses arquivos originais em nuvem devido à quantidade e ao volume.

Questionaram também sobre deixar os HDs na sala do projeto. Dos dois HDs, um estava sob guarda em outro lugar, mas eles ficavam lá por um motivo: nós precisávamos utilizá-los lá. Mais uma vez, o procedimento que chega ao público passa por várias etapas, que inclui tratamento de imagens e outras coisas. Por isto manuseávamos o HD naquele espaço, precisamos de programas específicos que têm custos muito altos para aquisição e, portanto, só tínhamos em um computador (que ficava na sala e que também foi levado). Na impossibilidade de salvar em nuvem gratuita e sem recursos para aquisição de armazenamento pago, restava-nos apenas armazenar nos HDs e nos computadores de que dispúnhamos. No mais, o prédio estava sob guarda da Universidade Federal de Pernambuco, que deveria garantir a segurança necessária para estes espaços.

Por mais que pareça fácil, trabalhar com armazenamento de dados vai muito além de salvar arquivos em uma nuvem. E se parece fácil, é porque nos esforçamos para que chegasse assim ao público.