Os alunos foram convidados a investigar as múltiplas formas e dimensões da violência instalada na sociedade brasileira
Os estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Letícia Maria Barbosa, Guilherme Silva dos Santos e Laysa Vitória Alves de Andrade formam um dos cinco grupos vencedores do 17º Prêmio Fernando Pacheco Jordão para Jovens Jornalistas, organizado pelo Instituto Vladimir Herzog. A equipe orientada pela professora do Departamento de Comunicação (DCom) Adriana Santana foi escolhida com a proposta de reportagem “A Cicatriz Tem Nome de Mãe”.
Na 17ª edição do prêmio, os estudantes foram convidados a investigar “as múltiplas formas e dimensões da violência instalada na sociedade brasileira, a partir dos dados mais recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 e do Atlas da Violência 2024”. A ideia era incentivar os jovens jornalistas a “mergulharem nas estatísticas e revelarem as histórias humanas por trás dos números, contribuindo para o debate público com reportagens comprometidas com a justiça social”.
O Instituto Vladimir Herzog recebeu 108 inscrições e escolheu cinco pautas, como são chamadas as propostas de notícias ou reportagens jornalísticas, sendo uma de cada região do Brasil. As equipes receberam bolsas de R$ 5 mil para desenvolverem suas reportagens e contaram com o acompanhamento de mentores e jornalistas experientes, que foram convidados pelo Instituto. No caso da equipe da UFPE, a mentora foi a jornalista Bianca Vasconcellos.
Antes da cerimônia de premiação, realizada no dia 9 de julho, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), os grupos tiveram a oportunidade de falar sobre os trabalhos em uma audiência pública. Os estudantes também tiveram acesso ao 20º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, que aconteceu de 10 a 12 de julho.
O 17º Prêmio Fernando Pacheco Jordão para Jovens Jornalistas foi realizado com patrocínio da Petrobras, da Caixa e do Governo Federal por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. A iniciativa conta com o apoio da Oboré Projetos Especiais, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e Periferia em Movimento.
VENCEDORES
Norte – Universidade Federal do Pará (UFPA)
“Rios de Violência: A Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na Ilha do Marajó (PA) – Uma Tragédia Oculta”
Estudantes: Vitoria Gabrielle Rodrigues e Rodrigues, Vinicius Gonçalves da Silva Conceição e Denily Fonseca Carvalho
Orientadora: Rosane Albino Steinbrenner
Mentor: Victor Ferreira
Nordeste – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
“A Cicatriz Tem Nome de Mãe”
Estudantes: Letícia Maria Barbosa, Guilherme Silva dos Santos e Laysa Vitória Alves de Andrade
Orientadora: Adriana Maria Andrade de Santana
Mentora: Bianca Vasconcellos
Centro-Oeste – Universidade de Brasília (UnB)
“O dia que não acabou”
Estudantes: Luíza Grecco Altoé e Julia Lopes Faria
Orientadora: Rafiza Luziani Varão Ribeiro Carvalho
Mentor: Leonencio Nossa
Sudeste – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ)
“Quando o medo faz chamada: o efeito das operações policiais na educação dos estudantes do Complexo da Maré”
Estudantes: Sabrina Victorya Jacob Madeira e Guibsom Douglas Romão da Silva
Orientadora: Fernanda da Escóssia
Mentora: Angelina Nunes
Sul – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
“Tristes tardes de domingo: mais de 600 jovens periféricos são mortos por ano em Curitiba e região”
Estudantes: Rodrigo Matana Sobrinho e Giovani Pereira Sella
Orientador: José Carlos Fernandes
Mentor: Paulo Oliveira