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Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 3 em 2019
“TAFONOMIA E PALEOPATOLOGIA DE MAMÍFEROS FÓSSEIS DO DEPÓSITO DE TANQUE ZABELÊ, CAPOEIRAS, PERNAMBUCO, BRASIL”
Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE
Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 3 em 2019
Aluno(a): Luana Cardoso de Andrade
Orientador(a): Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira
Coorientador(a): Prof. Dr. Vanderlei Maniesi (UNIR)
Título da pré-tese: “TAFONOMIA E PALEOPATOLOGIA DE MAMÍFEROS FÓSSEIS DO DEPÓSITO DE TANQUE ZABELÊ, CAPOEIRAS, PERNAMBUCO, BRASIL”
Data: 29/03/2019
Horário: 9h
Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco
Banca Examinadora:
Titulares:
1.º Examinador(a): Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira (Orientador)
2.º Examinador(a): Prof. Dr. Gelson Luís Fambrini (PPGEOC/UFPE)
3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Alcina Magnólia da Silva Franca (PPGEOC/UFPE)
4.º Examinador(a): Prof. Dr. Hermínio Ismael de Araújo Júnior (UERJ)
5.º Examinador(a): Prof. Dr. Fernando Henrique de Souza Barbosa (UERJ)
Suplentes:
1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (PPGEOC/UFPE)
2.º Examinador(a): Prof. Dr. Jorge Luiz Lopes da Silva (UFAL)
Resumo:
Mamíferos pleistocênicos do depósito de tanque Zabelê em Capoeiras, Pernambuco, foram estudados com vistas à reconstituição de seu cenário faunístico e tafonômico, com a utilização da paleopatologia, tafonomia, geoquímica, geocronologia e feições sedimentológicas. Os resultados mostraram uma assembleia macrofóssil dominante, paucitáxica e monodominante (E. laurillardi), com a ocorrência dos táxons Eremotherium laurillardi, Ocnotherium giganteum sp., Notiomastodon platensis, Toxodon platensis, Pyauitherium capivarae, Glyptotherium sp., Cerdocyon sp., Glyptotontidae e Pilosa indet., além de uma rara ocorrência de um indivíduo imaturo de Notiomastodon platensis. Pirofosfato de cálcio, nódulo de Schmorl e infecções foram doenças identificadas restritamente à E. laurillardi, bem como uma lesão traumática em uma espécie indeterminada de mamífero. A tanatocenose foi exposta por curto período, mas devido ao agente de transporte de alta energia, misturou ossos já depositados com outros recém-chegados no tanque. Um transporte curto por fluxos de detritos em leque aluvial, causado por inundações, depositou os restos no tanque, junto com clastos de fontes próximas. A acumulação pode ser classificada como periférica e na Configuração Tafonômica B, o que indica uma diminuição nas taxas de sedimentação, retrabalhamento e aumento da atividade biogênica, fatores que resultaram na fragmentação dos espécimes in situ. A comparação entre o tanque Zabelê e outros depósitos de tanques do Nordeste do Brasil revelaram a possibilidade de sua correlação às alternâncias climáticas no Pleistoceno. O fluxo de detritos é provavelmente o agente comum de sedimentação em tanques natuais. Há conservação de assinaturas tafonômicas inclusive mais raras (necrófagos e pisoteio), variando as taxas de sedimentação (diminuição), retrabalhamento (aumento) ou atividade biogênica (aumento). A permineralização foi o processo de fossilização predominante, sem substituição, aliado à impregnação de Fe e Mn, o que resultou em padrões de cores diferenciadas.
Palavras-chave: Depósito de tanque; Quaternário; Mamíferos fósseis; Tafonomia; Sistemática; Paleopatologia.