Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGeoc)
- UFPE/
- Enseñanza/
- Curso de Posgrado/
- (PPGEOC) Posgrado en Geociencia/
- Informes/
- Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 2 em 2025
Publicador de contenidos Publicador de contenidos
Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 2 em 2025
“ESTUDO DAS ASSEMBLEIAS DE FORAMINÍFEROS DO CRETÁCEO SUPERIOR (CAMPANIANO–MAASTRICHTIANO) DAS BACIAS PARAÍBA E POTIGUAR, NORDESTE DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM A FOSFOGÊSE TETIANA”
Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE
Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 2 em 2025
Aluno(a): Agathe Arrissa Noucoucouk
Orientador(a): Dr.ª Enelise Katia Piovesan
Coorientador(a): Dr. Robbyson Mendes Melo (UFPE)
Título da pré-tese: “ESTUDO DAS ASSEMBLEIAS DE FORAMINÍFEROS DO CRETÁCEO SUPERIOR (CAMPANIANO–MAASTRICHTIANO) DAS BACIAS PARAÍBA E POTIGUAR, NORDESTE DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM A FOSFOGÊSE TETIANA”
Data: 02/04/2025
Horário: 9h
Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/mis-gqzn-vki
Banca Examinadora:
Presidente:
Dr.ª Enelise Katia Piovesan (Orientadora)
Titulares:
1.º Examinador(a): Dr.ª Geise de Santana dos Anjos Zerfass (PETROBRAS)
2.º Examinador(a): Dr. Guilherme Krahl (UNISINOS)
3.º Examinador(a): Dr.ª Renata Moura de Mello (PETROBRAS)
4.º Examinador(a): Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/CTG/UFPE)
Suplentes:
1.º Examinador(a): Dr. Claus Fallgatter (PPGEOC/CTG/UFPE)
2.º Examinador(a): Dr.ª Rilda Verônica Cardoso de Araripe (UFPE)
Resumo:
Esta pesquisa apresenta um estudo das assembleias de foraminíferos do Cretáceo Superior (Campaniano-Maastrichtiano) das Bacias Paraíba e Potiguar, no nordeste do Brasil. Foram analisadas um total de 159 amostras para a recuperação de foraminíferos e 53 lâminas delgadas, provenientes de quatro poços da Bacia Paraíba (1PL-01-PE, 1PL-02-PE, 1AH-17-PB e 3-SR-04-PB) e de dois poços da Bacia Potiguar (FD-BP-002 e FD-BP-003). Na Bacia Paraíba, incluindo os depósitos das formações Beberibe, Itamaracá e Gramame, foram preparadas 120 amostras. Na Bacia Potiguar, foram coletadas 39 amostras abrangendo as Formações Jandaíra, Guamaré e Tibau. Um total de 44 famílias, 85 gêneros e 188 táxons foram identificados na área de estudo, incluindo três possíveis novos táxons para a Bacia Paraíba. Com base na ocorrência de assembleias típicas e nas primeiras ocorrências de espécies marcadoras, como Gansserina gansseri, Pseudoguembelina palpebra e Planoglobulina carseyae, foram reconhecidas duas zonas de foraminíferos planctônicos do Campaniano superior ao Maastrichtiano inferior: Zona de Intervalo G. gansseri (bacias Paraíba e Potiguar) e Zona P. palpebra (Bacia Paraíba). Além disso, na Bacia Potiguar, com base na ocorrência e abundância de Quinqueloculina spp., e Gavelinella spp., foi definida a Zona Informal de Co-ocorrência de foraminíferos bentônicos Quiqueloculina spp. – Gavelinella spp., caracterizada na base do poço FD-BP-003. Esse intervalo pode ser correlato com a base da Zona G. gansseri do poço 1PL-02-PE da Bacia Paraíba, de idade Campaniano superior. Na Formação Itamaracá, da Bacia Paraíba, o intervalo fosfogênico que abrange as zonas G. gansseri e P. palpebra apresentou uma assembleia de foraminíferos bentônicos formada por Epistomina supracretacea, Orthokarstenia ewaldi, Siphogenerinoides bramletti, Gavelinella spp. e Quinqueloculina spp. Enquanto na Formação Jandaíra, Bacia Potiguar, os intervalos fosfogênicos (zonas Quinqueloculina spp.-Gavelinella spp. e G. gansseri) é comum a ocorrência de Afrobolivina afra, Quinqueloculina spp., Gavelinella spp. e Lenticulina spp. Esses resultados corroboram estudos realizados no Marrocos, Jordânia, Iraque, Israel, Síria, Colômbia, Atlântico Norte subtropical e Brasil. As semelhanças nas assembleias de foraminíferos nessas regiões podem contribuir para o entendimento da origem e deposição do fosfato da Tetis durante o Cretáceo Superior. A transição Campaniano – Maastrichtiano (C/M) foi identificada apenas na Bacia Paraíba, ocorrendo entre as formações Itamaracá e Gramame. Esta transição é caracterizada, nos poços 1PL-01-PE e 1PL-02-PE, pela primeira ocorrência de P. palpebra e P. carseyae. A partir da análise dos morfogrupos de foraminíferos bentônicos, razão planctônicos/bentônicos e índices ecológicos foi possível realizar a caracterização paleoambiental das áreas de estudo. Dessa forma, foram definidos um total de 17 morfogrupos, sendo 15 para a Bacia Paraíba e 17 para a Bacia Potiguar. Os morfogrupos mais abundantes foram os calcário-hialinos, seguidos pelos aglutinantes na Bacia Paraíba e pelos porcelanosos na Bacia Potiguar. As análises paleoecológicas de foraminíferos mostrando uma assembleia abundante e diversa que sugere condições ambientais estáveis e alta produtividade marinha. Um ambiente deposicional com paleobatimetrias variando de nerítico raso a médio no Neo-Campaniano, a nerítico profundo a batial superior no Neo-Campaniano – Eo-Maastrichtiano, pode ser inferido para as unidades estudadas.
Palavras-chave: Foraminíferos; Microbioestratigrafia; Campaniano – Maastrichtiano; Paleoecologia; Fosfogênese