Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 1 em 2025

 

Aluno(a): Taluany Silva do Nascimento

 

Orientador(a): Dr. Gorki Mariano

 

Coorientador(a): Dr. Marcelo de Araújo Carvalho (UFRJ) e Dr.ª Paula Andrea Sucerquia Rendón (UFPE)

 

Título da pré-tese: “CONDIÇÕES PALEOCLIMÁTICAS E PALEOAMBIENTAIS DA FORMAÇÃO CROSS VALLEY-WIMAN, PALEOCENO DA ILHA SEYMOUR (ANTÁRTICA), BASEADAS NA ANÁLISE DA FISIONOMIA FOLIAR DE ANGIOSPERMAS FÓSSEIS”

 

Data: 21/03/2025

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/jqo-acvs-ebk

 

Banca Examinadora:

 

Presidente:

 

Dr.ª Paula Andrea Sucerquia Rendón (Coorientadora)

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Dr.ª Etiene Fabbrin Pires Oliveira (UFT)

2.º Examinador(a): Dr.ª Fresia Soledad Ricardi Torres Branco (UNICAMP)

3.º Examinador(a): Dr.ª Joseline Manfroi (CIAHN-Atacama)

4.º Examinador(a): Dr.ª Juliane Marques de Souza (UERR)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Dr. Claus Fallgatter (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr.ª Domingas Maria da Conceição (URCA)

 

Resumo:

 

As características da fisionomia foliar são diretamente afetadas pelas mudanças ambientais e climáticas, dessa forma, as folhas são importantes indicadores. Por este motivo, a identificação taxonômica das floras fósseis não é um requisito para sua utilização como proxy paleoclimático, podendo ser utilizados alguns caracteres para detectar a influência do ambiente na morfologia foliar, como o tipo de margem, a forma e tamanho da lâmina, que podem ser correlacionadas com a temperatura e umidade em escalas local e regional. O registro fitofossilífero da Península Antártica destaca-se principalmente por sua importância no estudo das mudanças climáticas para o continente antártico durante o Cenozoico. No flanco leste da Peninsula Antartica, na Ilha Seymour, aflora a Formação Cross Valley-Wiman, com um excelente registro da diversidade florística do Paleoceno. Estudos anteriores a caracterizaram como uma flora mista muito semelhante a floresta Valdiviana do Sul do Chile, com indicativos de floresta tropical multiestratal, composta principalmente por samambaias, coníferas, e elementos de clima temperado, com uma maior representatividade de angiospermas. Com relação às folhas fósseis de angiospermas, são relatados Nothofagus, e representantes das famílias Atherospermataceae, Cunoniaceae, Fabaceae, Illiaceae, Lauraceae, Moraceae, Myricaceae, Proteaceae e Winteraceae. O presente trabalho consiste em uma pré-tese, onde são apresentados os resultados preliminares obtidos com base na análise da fisionomia foliar aplicada a métodos paleoclimáticos e paleoambientais. Além da descrição dos caracteres da fisionomia de folhas fósseis de angiospermas, baseado no agrupamento de morfotipos. O material estudado ocorre em arenitos de coloração cinza-escura, provenientes da Formação Cross Valley-Wiman, Paleoceno da Ilha Seymour- Antártica. As amostras fósseis apresentam variado grau de preservação e importantes detalhes da morfologia foliar. O agrupamento em morfotipos seguiu a terminologia proposta no Manual of Leaf Architecture para descrição dos espécimes. A partir dos morfotipos, os espécimes foram preparados digitalmente para os métodos paleoclimáticos usando o Adobe Photoshop® e as medições necessárias a partir de fotografias por meio do software ImageJ. O DiLP foi usado para estimar MA (Leaf Mass per Area), MAT (Temperatura Média Anual) e MAP (Precipitação Média Anual), a partir das equações multivariadas. Além disso também foram aplicados os métodos univariados Leaf Margin Analysis, que estima MAT e Leaf Area Analysis, para obter MAP. Nossos resultados corroboram uma flora com elementos decíduous sob um clima temperado.

 

Palavras-chave: Formação Cross Valley-Wiman; Paleoceno; Ilha Seymour; fisionomia foliar; angiospermas fósseis; paleoclima