Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGeoc)
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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 3 em 2024
“FACIOLOGIA E CONTROLE ESTRUTURAL DO ALOJAMENTO DOS DIQUES DO GRANITO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO, NORDESTE, BRASIL”
Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE
Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 3 em 2024
Aluno(a): Sara Gomes da Costa
Orientador(a): Dr.ª Carla Joana Santos Barreto
Coorientador(a): Dr. Tiago Siqueira de Miranda (UFPE)
Título: “FACIOLOGIA E CONTROLE ESTRUTURAL DO ALOJAMENTO DOS DIQUES DO GRANITO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO, NORDESTE, BRASIL”
Data: 06/12/2024
Horário: 9h
Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/xpk-fbgh-rsb
Banca Examinadora:
Presidente:
Dr.ª Carla Joana Santos Barreto (Orientadora)
Titulares:
1.º Examinador(a): Dr.ª Eleonora Maria Gouvêa Vasconcellos (UFPR)
2.º Examinador(a): Dr. José Antonio Barbosa (PPGEOC/CTG/UFPE)
3.º Examinador(a): Dr. Marcos Antonio Leite do Nascimento (UFRN)
Suplentes:
1.º Examinador(a): Dr.ª Anelise Losangela Bertotti (UFPE)
2.º Examinador(a): Dr. Sérgio Pacheco Neves (PPGEOC/CTG/UFPE)
Resumo:
O Granito do Cabo de Santo Agostinho é caracterizado como um pluton granítico hipoabissal da Suíte Magmática Ipojuca, na Bacia de Pernambuco, atravessado por diques de riolito e veios de pseudotaquilito. No entanto, pouco se sabe sobre os mecanismos e condições de alojamento desses diques e sobre a formação dos pseudotaquilitos. Este estudo, portanto, investiga os mecanismos que impulsionaram as intrusões magmáticas no Granito do Cabo, integrando análise de fácies, caracterização estrutural e estimativas da profundidade inicial dos diques com base na sobrepressão magmática inferida a partir das relações comprimento/largura dos diques no momento do alojamento. Foram identificadas nove litofácies, especialmente em zonas de monzonito, incluindo rochas hospedeiras, diques, veios de injeção e enclaves, com algumas texturas indicando condições de alta temperatura. As estimativas sugerem que, com E = 20GPa, os diques na área nordeste se formaram a profundidades de 4 a 6 km; para valores de E mais altos (40–70GPa), as profundidades variaram de 9 a 19km, com resultados semelhantes para o dique A3PR1 no sudeste (6 a 20km). Esses dados sugerem que o alojamento dos diques foi impulsionado por um campo de tensão local, em vez de campos de tensão associados ao rift do Oceano Atlântico Sul. Os pseudotaquilitos provavelmente se formaram devido à intrusão dos diques, influenciados pelo acúmulo de tensões na zona de falha e pela atividade sísmica induzida pelas intrusões. A redução na temperatura de fusão, causada pelo alto teor de minerais hidratados (anfibólio e biotita) na rocha hospedeira de monzonito, pode ter facilitado a formação dos pseudotaquilitos. As relações litológicas e geométricas observadas, juntamente com a ausência de estruturas que interceptam os diques, sugerem que eles representam os pulsos finais de um reservatório magmático raso. Com base nas estimativas de sobrepressão magmática, conclui-se neste trabalho que a câmara magmática responsável pela origem desses diques estava a uma profundidade de aproximadamente 5 km, refletindo o soerguimento da região ao longo de sua evolução geológica.
Palavras-chave: Granito do Cabo; Diques; Faciologia; Mecanismos de alojamento