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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 1 em 2025

“MORFOLOGIA DENTÁRIA E PADRÕES DE CRESCIMENTO DA DENTINA EM MOSASSAURÓIDES (MOSASAUROIDEA, SQUAMATA) DA ANTÁRTICA E DO BRASIL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 1 em 2025

 

Aluno(a): Felipe Amorim Pacheco de Carvalho

 

Orientador(a): Dr. Gorki Mariano

 

Coorientador(a): Dr.ª Paula Andrea Sucerquia Rendón (UFPE)

 

Título: “MORFOLOGIA DENTÁRIA E PADRÕES DE CRESCIMENTO DA DENTINA EM MOSASSAURÓIDES (MOSASAUROIDEA, SQUAMATA) DA ANTÁRTICA E DO BRASIL”

 

Data: 14/02/2025

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/etg-xgxd-nmd

 

Banca Examinadora:

 

Presidente:

 

Dr.ª Paula Andrea Sucerquia Rendón (Coorientadora)

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Dr. Gustavo Ribeiro de Oliveira (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr. Rafael Delcourt de Seixas Ferreira (USP)

3.º Examinador(a): Dr. Renan Alfredo Machado Bantim (PPGEOC/CTG/UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Dr. Édison Vicente Oliveira (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr.ª Mírian Liza Alves Forancelli Pacheco (UFSCar)

 

Resumo:

 

O grupo Mosasauroidea representa uma linhagem de répteis aquáticos que prosperou nos oceanos durante o Cretáceo Superior, dominando esses ambientes por cerca de 25 milhões de anos antes de sua extinção no final do período, durante a transição Cretáceo-Paleógeno. Dentro desse grupo, destacam-se três linhagens principais: Halisaurinae, Russelosaurinae e Mosasaurinae. Inicialmente, os ‘russelossauríneos’ eram predominantes, mas, a partir do Campaniano, os mosassaurineos se tornaram o grupo dominante, persistindo até o Maastrichtiano. Neste estudo, foram analisados espécimes de dentes de mosassauróides provenientes de duas unidades geológicas distintas: a Bacia da Paraíba, no Brasil, e a Formação Lopez de Bertodano, localizada na Bacia de James Ross, na Antártica. Para isso, empregaram-se métodos multivariados para comparar a morfologia dos dentes e de técnicas paleohistológicas com objetivo de avaliar padrões morfológicos em secções transversais, além de inferir características relacionadas ao crescimento da dentina. Os padrões faunísticos observados nas bacias estudadas são consistentes com outras unidades geológicas de mesmo intervalo temporal em diferentes partes do mundo. Em ambas as regiões, os mosassauríneos são mais numerosos que os russelossauríneos. Na Bacia da Paraíba, embora trabalhos prévios tenham registrado alguns espécimes de russelossauríneos, os exemplares descritos neste estudo pertencem exclusivamente ao grupo Mosasaurinae. Estes dentes exibem uma diversidade morfológica significativa, com similaridades a gêneros como Eremiasaurus, Mosasaurus, Prognathodon, Thalassotitan e Carinodens. Uma possível ocorrência inédita da espécie Carinodens minalmar no Brasil também foi identificada. A variabilidade morfológica dos dentes sugere uma fauna complexa e bem estratificada nessa região. Por outro lado, a Bacia de James Ross apresenta uma composição diferente. Embora os russelossauríneos sejam abundantes, os mosassauríneos estão presentes em maior quantidade. A maior proporção de russelossauríneos nesta localidade pode estar associada a uma preferência por ambientes de latitudes mais elevadas. Os dentes dessa região foram classificados em dois grupos principais: Russelosaurinae e Halisaurinae. A presença de Halisaurinae na Antártica e inédita e foi discutida neste trabalho. Além disso, os dentes de russelossauríneos exibem uma ampla diversidade morfológica, indicando uma alta diversidade de espécies pertencentes a este táxon na região. A aplicação de técnicas paleohistológicas permitiu uma análise detalhada das secções transversais dos dentes, revelando estruturas de valor taxonômico, como linhas de crescimento contínuo e diário, presentes na dentina dos amniotas. No caso dos espécimes da Bacia da Paraíba, foi possível determinar que a formação da dentina variou entre 220 e 266 dias. Além disso, foi observada a presença de uma linha de Contorno de Owen em um dos espécimes, provavelmente resultante de eventos de estresse fisiológico. Esses resultados ressaltam a importância de integrar métodos morfológicos e paleohistológicos para a análise de fósseis, ampliando o entendimento sobre a diversidade e os padrões de crescimento de mosassauróides, assim como sua distribuição em diferentes regiões durante o Cretáceo Superior.

 

Palavras-chave: Mosassauro; Mosasaurinae; Halisaurinae