Docente também participa de duas sessões no Curso de Verão do MDOC, organizado pela Fundação Jean Rouch e World Cultural Diversity
O Laboratório de Antropologia Visual (LAV) do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) participa do Festival Internacional de Documentário de Melgaço (MDOC), em Portugal. O evento, que vai até sexta-feira (6), tem o objetivo de divulgar o cinema etnográfico e social, refletir com os filmes sobre identidade, memória e fronteira e contribuir para um arquivo audiovisual sobre o território.
O filme “As Palavras Encantadas dos Hupd’äh da Amazônia – Mestres de Saberes Narrados por Renato Athias”, produzido pela produtora World Cultural Diversity e dirigido pela realizadora franco-iraniana Mina Rad, está participando do Prémio Jean-Loup Passek, promovido pelo Museu de Cinema de Melgaço, concorrendo a um troféu e a um prémio de 3 mil euros para o melhor longa-metragem internacional.
Na sexta-feira (6), o professor Renato Athias participa de duas sessões no Curso de Verão do MDOC, organizado pela Fundação Jean Rouch e World Cultural Diversity. A primeira sessão, às 10h (horário de Portugal), será sobre “Entre o Enquadramento e a Memória - Os Arquivos Etnográficos e as noções de representação na Antropologia Visual” e contará com a presença de Mina Rad, que promove o Festival International du Film Documentaire Après Varan, e Renato Athias, que realiza o Festival Internacional do Filme Etnográfico do Recife. A outra sessão, às 14h, será o debate em torno de uma rede de rede de festivais de filmes etnográficos e formação partilhada on-line.
Os participantes discutem os arquivos de fotografias e de filmes como fragmentos das memórias enraizadas no peso de anos da experiência em campo. “Os documentários realizados a partir desses arquivos procuram trazer memórias e representações ao público em geral, mediadas pela edição e pelas narrativas em primeira pessoa. As histórias vividas e o trabalho de campo saem do seu contexto e são veiculadas pela narrativa de um documentário. O espectador pode ver, sentir e imaginar as experiências de quem produziu o arquivo etnográfico. Os investigadores podem reviver essas experiências no terreno ao contarem memórias provocadas pelo arquivo”, explica o professor.