A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) obteve a aprovação de seis novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) no resultado final da chamada pública INCT 46/2024, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os novos institutos, coordenados por docentes da Universidade, atuarão em áreas estratégicas do conhecimento e receberão um investimento de R$ 70.864.246,64 para impulsionar pesquisas de alto impacto.

O Programa Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCTs), do CNPq, é caracterizado por grandes projetos de pesquisa de longo prazo em redes nacionais e/ou internacionais de cooperação científica envolvendo pesquisadores e bolsistas das mais diversas áreas para o desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos.

Cada INCT possui, como coordenação, uma instituição sede com excelência em produção científica e/ou tecnológica, alta qualificação na formação de recursos humanos e com capacidade de alavancar recursos de outras fontes, e um conjunto de laboratórios ou grupos associados de outras instituições, articulados na forma de redes científico-tecnológicas, com uma área ou tema de atuação bem definidos que estejam na fronteira da ciência e/ou da tecnologia.

A aprovação fortalece a posição da UFPE como um dos principais polos de pesquisa e inovação do país. Os projetos fomentarão redes de colaboração nacional e internacional, promovendo avanços científicos e tecnológicos que beneficiarão tanto a academia quanto o setor produtivo. Além disso, a interação com empresas e instituições públicas possibilitará a transferência do conhecimento gerado para aplicações práticas.

De acordo com o pró-reitor de Pesquisa e Inovação (Propesqi) da UFPE, Pedro Carelli, esse é o principal programa de incentivo científico do CNPq e coloca a Universidade em destaque em projetos estratégicos. “O programa INCTs é hoje o principal programa de fomento à ciência do CNPq, que promove redes de pesquisa com as principais lideranças científicas do país e aborda os problemas da ciência na fronteira do conhecimento. A UFPE também concede vagas de professor visitante a esses projetos, os INCTs, com a intenção de atrair talentos para nossa Universidade”, explica Carelli. “O resultado atual coloca a UFPE em uma posição de destaque na liderança de projetos estratégicos da ciência nacional”, completa o pró-reitor da Propesqi.

A UFPE possui ainda 12 propostas com mérito no edital, porém não aprovadas com os recursos disponíveis para a chamada.

Os novos INCTs aprovados na UFPE e seus respectivos coordenadores são:

1. INCT de Fotônica (Info) – Valor Total: R$ 14.848.800,00
Coordenado pelo professor Anderson Stevens Leônidas Gomes (Departamento de Física)

2. INCT em Computação Neural (INCT NeuroComp) – Valor Total: R$ 12.784.108,80
Coordenado pelo professor Mauro Copelli Lopes da Silva (Departamento de Física)

3. INCT para Engenharia de Software baseada em e para Inteligência Artificial (Ines.IA) – Valor Total: R$ 14.376.000,32
Coordenado pelo professor Augusto Cezar Alves Sampaio (Centro de Informática)

4. INCT em Computac¸a~o Qua^ntica Aplicada (INCT - CQA) – Valor Total: R$ 10.534.555,72
Coordenado pelo professor Francisco de Assis Tenorio de Carvalho (Centro de Informática)

5. INCT Instituto Nacional de Sistemas de Informação e Decisão (Insid) – Valor Total: R$ 6.444.350,08
Coordenado pela professora Danielle Costa Morais (Departamento de Engenharia de Produção)

6. INCT LumiNanoTec Tecnologias Luminescentes: Sensores, marcadores e nanodispositivos integrados – Valor Total: R$ 11.876.431,72
Coordenado pelo professor Oscar Manoel Loureiro Malta (Departamento de Química Fundamental)

Expansão Nacional dos INCTs
No Brasil, o CNPq aprovou um total de 121 novos INCTs, elevando o total para 221 institutos. O investimento de R$ 1,5 bilhão, proveniente de diversas fontes de financiamento, demonstra um compromisso sólido com a pesquisa e desenvolvimento.

Com essa conquista, a UFPE reafirma seu compromisso com a excelência acadêmica científica e sua liderança na promoção da inovação no Brasil. A comunidade acadêmica e a sociedade podem acompanhar os avanços desses institutos por meio de eventos, publicações científicas, cursos e divulgações oficiais da UFPE.