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Pesquisadora em saúde pública Lígia Bahia fala no Giro Nordeste hoje (20) sobre planos de saúde suplementar

Exibido na TVU (canal 11.1), às 20h30, o programa discute o mercado de saúde privada no Brasil e a situação do SUS

O Brasil que comporta tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto o mercado de saúde suplementar será o mote da conversa com a médica Lígia Bahia, hoje (20), no Giro Nordeste. A convidada é especialista em saúde pública e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também estão no programa questões relativas à formação médica no país, onde mais de 75% das vagas dos cursos de Medicina estão em faculdades privadas; o predomínio de cursos universitários de enfermagem à distância; a insatisfação de médicos e clientes com os convênios particulares; e a estratificação dos planos de saúde em primeira, segunda e terceira linha.

O Giro Nordeste é veiculado na TVU (canal 11.1), às sextas-feiras, no horário das 20h30. Com produção da TVE Bahia, o Giro é apresentado pelo jornalista baiano Juraci Santana em conjunto com comunicadores de emissoras públicas de rádio e televisão do Nordeste.

“Em 1988, a Constituição brasileira promulgou o SUS, que é o sistema público, gratuito, universal, acessível pra todas e todos os brasileiros. Naquele momento, já havia uma total compreensão da necessidade de um sistema público universal para um país como o Brasil, que tem uma desigualdade estrutural muito grande. E é exatamente porque o país é tão desigual que a gente precisa ter políticas públicas que sejam políticas públicas igualitárias. E o SUS é uma política pública igualitária. A gente sentiu isso na vacinação. Todo mundo ficou muito feliz de está na mesma fila”, relembra a médica durante a entrevista.

Quanto à repercussão do engajamento provocado pela mensagem #defendaosus, a especialista em saúde pública é enfática: “Nós tivemos a consciência que não é possível ter tanto neoliberalismo, que a gente precisa ter políticas públicas, a gente precisa ter direitos. Eu penso que o SUS ocupou esse lugar”. Lígia ainda lista as inúmeras peculiaridades do SUS, como a importância dos hemocentros e do setor de transplantes, a produção de vacinas e o fato de o Brasil ser o país mais avançado em tecnologias de banco de leite.

Uma das mais requisitadas autoridades brasileiras quando o assunto é o setor de saúde tanto público quanto privado, Lígia não titubeia ao falar sobre os meandros do negócio de saúde particular no Brasil como a restrição de procedimentos. De acordo com a pesquisadora, a negativa de indicação de cirurgia ou de uso de stent, por exemplo, “é uma situação como se o médico fosse o empregado de um patrão que quer que o serviço seja malfeito. Isso para o profissional que estudou muito tempo, que se dedicou, seis anos de faculdade, mais dois anos de residência etc. São situações muito constrangedoras, também de muita humilhação”.

Fecha de la última modificación: 20/05/2022, 15:34