O Grupo de Estudos Interdisciplinar Pobreza, Trabalho e Lutas Sociais (Populus), vinculado ao Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia (NEEPD) da UFPE, participou, no último dia 25 de maio, na Estação Recife, da Assembleia do Povo de Rua, articulada pela Pastoral do Povo de Rua. O Populus é membro, como representante da sociedade civil no campo de entidades acadêmicas e de pesquisa, do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para População em Situação de Rua (Comitê Pop Rua Recife), instalado pela lei municipal 18.503/2018.

Foto: Divulgação

Ampliação dos atuais serviços de atendimento é uma reivindicação

O evento agregou pessoas em situação de rua de Recife e sua Região Metropolitana, bem como representantes de instituições como Defensoria Pública da União, Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua Neuza Gomes, Secretaria de Assistência Social do Recife, Movimento de Meninos e Meninas em Situação de Rua, Projeto Reconstrua (Unicap) e Movimento População em Situação de Rua de Alagoas e de Rio Grande do Norte, que representaram o Movimento Nacional de População de Rua (MNPR).

“Dentre as principais dificuldades e reivindicações apontadas pelas pessoas em situação de rua na assembleia, destacaram-se a falta de segurança, de trabalho e renda, de habitação e de saúde, a necessidade de fortalecimento do movimento e a discriminação de que são alvo. E, entre as reivindicações os participantes apontaram, em caráter de extrema urgência, a inauguração dos Restaurantes Populares, dos albergues e ampliação dos atuais serviços de atendimento às pessoas em situação de rua, bem como, dada a chegada do inverno, da elaboração de um plano emergencial para a população em situação de rua”, afirmou a doutoranda e mestra em Sociologia Patrícia Félix, integrante do Populus.

“O Populus, em consonância com os princípios do NEEPD, compreende que a universidade e sua produção de saber devem estar atreladas às lutas do povo, para que através desse processo seja possível compreender melhor a realidade e, assim, exercer seu papel de contribuir para a efetivação de direitos”, enfatiza Patrícia.