O projeto Central de Telemonitoramento Clínico (CTC) da Universidade Federal de Pernambuco, completa neste mês de março um ano. A CTC é coordenada pelo Núcleo de Telessaúde (Nutes), em parceria com o Hospital das Clínicas/Ebserh e a empresa TiSaúde. A estratégia utiliza a internet para oferecer atendimento em saúde à população, contribuindo para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.

 

No período de abril de 2020 a fevereiro de 2021, foram realizadas mais de 10 mil atendimentos virtuais, dentre estes, 5.250 teleconsultas por vídeo, 3.680 teleorientações por chat e 1.327 telediagnósticos (parceria do projeto RedeNutes financiado pelo Ministério da Saúde). As especialidades mais buscadas foram Covid-19 e gripe (36% das teleconsultas) e Saúde Mental (Psicologia, Psiquiatria, Acolhimento Psicológico), também representando 36% das teleconsultas realizadas. Os pacientes atendidos estão localizados em 185 cidades do estado de Pernambuco e em cidades nos demais estados do país.

 

O atendimento por teleconsultas ocorre de forma simples e prática: primeiramente, é necessário fazer o cadastro do paciente a ser atendido; em seguida, deve agendar o atendimento, e, na data e hora agendadas, as teleconsultas serão realizadas por videoconferência, ou seja, os profissionais da saúde atendem os pacientes em tempo real, registram todo o histórico no prontuário eletrônico e enviam as prescrições digitais para o paciente. Se o paciente for uma criança ou adulto dependente de responsável, deve estar acompanhado do responsável no momento da teleconsulta.

 

Além das teleconsultas, a população conta com um atendimento rápido por chat (teleorientação) no mesmo site, em que os profissionais de saúde fornecem orientações para os pacientes que sentem sintomas gripais ou da Covid-19, ou buscam informações gerais relacionadas à Covid-19 e outras comorbidades.

 

A coordenadora do projeto, Magdala de Araújo Novaes, professora do Centro de Ciências Médicas (CCM) e chefe da Unidade de e-Saúde do HC, destaca a importância desta ação humanitária de atendimento remoto, uma vez que as pessoas estão com o acesso limitado aos serviços tradicionais de saúde por conta das medidas de distanciamento social. A telessaúde ampliou o acesso à saúde, chegando até as pessoas onde quer que elas estejam, e ajuda a salvar vidas.

 

A enfermeira chefe do serviço de teleassistência do Nutes, Keilla Melo, atuou na implantação da CTC logo no início da pandemia da Covid-19. A rápida estruturação do serviço com apoio de voluntários das áreas de tecnologia da informação e saúde fez a diferença na vida de muita gente naquele momento de pouco conhecimento sobre a doença. Atualmente, Aracele Cavalcanti, enfermeira-chefe da CTC, explica que o “acesso e acolhimento rápido às pessoas salvou muitas vidas, pois a pandemia deixou todos numa situação bastante vulnerável, e muitos não tinham a quem pedir ajuda”. Ela acrescenta que o projeto é “ um passo importante para inserção da Telessaúde na cultura dos profissionais de saúde e da população”'.

 

O estabelecimento de um comitê clínico, composto por médicos e enfermeiras, foi fundamental para estruturar o atendimento on-line baseado nas melhores práticas e evidências científicas. Este comitê foi composto pelas enfermeiras Keilla Melo, Aracele Cavalcanti, Frederico Jorge Ribeiro (cardiologista e intensivista), Luiz Cláudio Arraes (infectologista), Vitor Lima Barreto (médico de família).

 

• Site CTC 

• Faça o cadastro do paciente e selecione o serviço: Falar agora (chat) ou Agende a Teleconsulta.

• As teleorientações (atendimento por chat) funcionam de segunda a sexta (exceto feriados) das 10h às 15h.

• As teleconsultas são realizadas às segundas-feiras das 14h às 17h e às quartas-feiras das 14 às 17h (exceto feriados).