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HC apresenta resultados de projeto que utiliza a Inteligência Artificial (IA) como ferramenta diagnóstica

Projeto tem fomento do CNPq e é realizado em parceria com a startup Pickcells

Os primeiros resultados do projeto Patologia Digital, que é desenvolvido na Unidade de Análises Clínicas e Anatomia Patológica (Uacap) do Hospital das Clínicas da UFPE, foram apresentados à comunidade hospitalar, na manhã de ontem (20), no Anfiteatro 1. O 1º Showcase de Inovação em Saúde Digital do HC mostrou como tem sido a experiência da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta diagnóstica para detecção do câncer do colo do útero.

“O HC iniciou uma transformação digital (com a requalificação de equipamentos e da infraestrutura) há cerca de três anos e, em paralelo, adotando uma visão estratégica, começou a aprender e a construir projetos que aliam tecnologia com saúde para que um dia esses caminhos se cruzassem. Isso está acontecendo agora e estamos já inseridos nesse cenário em que podemos exportar as nossas pesquisas e estudos”, comemora o superintendente do HC, Filipe Carrilho, que participou da abertura do evento, ao lado da chefe do Setor de Tecnologia da Informação e Saúde Digital do HC (Setisd) e coordenadora do projeto, Shirley Cruz.

Com fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto Patologia Digital é realizado em parceria com a startup Pickcells, empresa de tecnologia que usa a IA para o suporte ao diagnóstico, auxiliando na análise de amostras para exames anatomopatológicos. O financiamento é de R$ 999.651,78 para pagamento de bolsas e compra de insumos e equipamentos.

“A Saúde Digital aqui no HC tem sido estratégica na interlocução com os atores do ecossistema que conecta saúde e tecnologia. O único projeto de IA, no Brasil inteiro, financiado pelo CNPq num hospital acontece aqui (no HC). O ecossistema de tecnologia está conhecendo o HC e estamos mostrando que é possível fazer parcerias assim com um hospital do SUS”, explicou Shirley Cruz.

A gestora da Setisd destacou a importância da estratégia de “varredura” em editais de fomento para as equipes do HC interessadas no desenvolvimento de projetos em robótica, Inteligência Artificial e mais assuntos de inovação para que novos financiamentos possibilitem mais pesquisas. “Acessem os editais e procurem a Superintendência ou a Setisd para a gente trazer mais projetos e parcerias. Contamos também com a agilidade do nosso Comitê de Ética em Pesquisa, o que proporciona uma submissão rápida dos nossos projetos nesses editais”, destacou ela.

Concorrido, o evento foi prestigiado por representantes do ecossistema nas esferas privada e pública, com participação de membros do Porto Digital; da Agência de Tecnologia da Informação Estadual; da Secretaria de Ciência e Tecnologia Estadual; da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Recife; da UFPE (Diretoria de Inovação e Empreendedorismo, do Centro de Informática e do Centro de Artes e Comunicação); do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Pernambuco (Sebrae/PE); e de startups.

Esse foi o primeiro de uma série de encontros bimestrais de saúde digital que ocorrerão ao longo de 2024 no HC como forma de divulgação e estímulo para que novos projetos sejam gestados e desenvolvidos no hospital. O evento foi gravado e ficará disponível no canal do HC no YouTube. 

PROJETO - Em seguida, diversos aspectos técnicos do projeto foram apresentados pela patologista do HC e responsável médica, Daniela Takano, e pelo diretor executivo da Pickcells, Paulo Melo. Depois, houve um espaço para perguntas do público.

Daniela Takano destacou a importância de participar de um projeto como esse, que alia assistência, pesquisa, ensino e inovação, beneficiando pacientes que investigam o câncer de colo do útero (o 3º mais prevalente em mulheres do Estado), ao mesmo tempo em que gera uma nova ferramenta diagnóstica. “A gente precisava participar, aprender e entender essa tecnologia e seus processos. A Inteligência Artificial não substitui a humana. Ela é um meio para a ampliação da inteligência humana”, afirmou a médica.

Paulo Melo explicou como funciona a solução tecnológica desenvolvida na parceria com o HC. “Temos um microscópio automatizado aliado a um hub (que é um módulo de gestão hospitalar) e com o uso de Inteligência Artificial, que está sendo treinada para reconhecer as células, com os dados armazenados em nuvem”, resumiu o gestor.

Date of last modification: 21/03/2024, 16:29