Os autores do trabalho são os professores Dalson Figueiredo, Lucas Silva, Antônio Fernandes e Enivaldo Rocha
Em artigo publicado ontem (3) na revista virtual Questão de Ciência, os professores Dalson Figueiredo, Lucas Silva, Antônio Fernandes e Enivaldo Rocha apontam, a partir da análise estatística dos casos e óbitos provocados pelo novo coronavírus, que “mesmo depois que a curva de novo casos se estabiliza, formando um platô, as vidas continuam sendo consumidas pela Covid-19”. E, mais alarmante, “no Brasil, em 15 dias – a variação dos casos de mortes foi de 328,57%. Isso significa que o ritmo de crescimento de mortes é muito mais rápido aqui”, afirma o estudo.
Na publicação, os autores também observam que mesmo depois de estabilizar o contágio e até mesmo reduzir a quantidade de novos casos, a Alemanha continuou perdendo vidas para a Covid-19, mas que “o Brasil, neste momento, é o único país de nossa análise que exibe tendência positiva em ambas as curvas. Ou seja, o momento não é de afrouxamento das medidas de distanciamento social”. A título de recomendação, o artigo afirma que “a única forma de derrubar a curva azul é minimizar a interação entre pessoas”. Segundo os autores, “a justiça do Maranhão já entendeu isso e decretou lockdown em quatro municípios.
“Com este artigo, esperamos facilitar a compreensão do problema e fornecer evidências para que outros entes federativos adotem medidas mais severas de distanciamento social. Caso contrário, é questão de tempo até o Brasil brigar pelas primeiras posições do ranking da morte”, analisam.