Com informações da Agência Senado

O vice-reitor Moacyr Araújo, que coordena o Projeto Mephysto, capitaneado pela Universidade Federal de Pernambuco, na Antártica, participou, no dia 14 deste mês, no Senado Federal, de audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), sobre o Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Na ocasião, parlamentares e especialistas observaram que a atuação científica no continente é estratégica não apenas do ponto de vista ambiental e climático, mas também geopolítico, ao garantir ao país voz ativa nas decisões sobre o futuro da região. Para os especialistas, o Brasil precisa consolidar a presença na Antártica com investimentos contínuos, articulação interministerial e um marco legal específico para as atividades polares. O Proantar, criado em 1982, é o programa científico mais longevo do Brasil e uma referência mundial.

Na ocasião, Moacyr Araújo abordou a atuação do Projeto Mephysto na Antártica, como parte do programa Antártico Brasileiro, enfatizando a necessidade de garantir a continuidade dos investimentos no programa Antártico Brasileiro. Segundo ele, deverá ser proposto um marco legal para a ciência polar, envolvendo pesquisas não só na Antártica, mas no Ártico também. “Nós deveremos discutir com a Comissão Nacional de Pesquisa Antártica (Conapa), da qual eu faço parte também, uma proposta de legislação para ser aprovada no Congresso Nacional”, disse ele, que coordena também a Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, a Rede Clima. E assinalou: “E a Antártica tem muito a ver com as mudanças climáticas. É como um verdadeiro laboratório ao ar livre sobre os efeitos das mudanças climáticas no planeta”.

Participaram da audiência representantes da Marinha do Brasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Capes/MEC, do Ministério das Relações Exteriores, além de pesquisadores de outras instituições de ensino.