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Programa de Pós-Graduação em Geociências promove duas defesas de dissertação

Mário Ferreira de Lima Filho defendido sua pesquisa amanhã (19), às 8h, no Departamento de Geologia

O Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGeoc) da UFPE promove duas defesas de dissertação, uma hoje (18) e outra amanhã (19). O trabalho “Petrologia e Geoquímica do Batólito Rio Formoso, Domínio Pernambuco-Alagoas”, do aluno Raphael Lima Pereira da Silva, foi defendido hoje (18), às 14h, na Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), no Campus Recife da Universidade.

A dissertação teve a orientação da professora Valderez Pinto Ferreira. A banca examinadora da defesa será composta pelos professores Valderez Pinto Ferreira (orientadora), Adejardo Francisco da Silva Filho (PPGeoc/UFPE) e Anelise Losangela Bertotti (UFPE). Os suplentes serão os professores Gorki Mariano (PPGeoc/UFPE) e Carla Joana Santos Barreto (UFPE).

“Arquitetura de Fácies e Evolução Estratigráfica das Unidades Sedimentares, da Bacia de São José do Belmonte – PE” é o trabalho do aluno Wilson Rodrigues de Andrade Freitas, orientado pelo professor Mário Ferreira de Lima Filho, que será defendido amanhã (19), às 8h, também na Sala de Projeções do Departamento de Geologia.

A banca examinadora da defesa será composta pelos professores Mário Ferreira de Lima Filho (orientador), Gelson Luís Fambrini (PPGeoc/UFPE) e Claiton Marlon dos Santos Scherer (UFRGS), com os suplentes Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGeoc/UFPE) e Juliano Kuchle (UPRGS).

 

Resumo 1

O domínio Pernambuco-Alagoas é o domínio crustal onde se encontram os maiores batólitos graníticos da Província Borborema, nordeste do Brasil. A parte leste deste domínio é caracterizada pela intrusão do batólito composto Ipojuca-Atalaia, no qual está inserido o batólito Rio Formoso. Neste trabalho, são apresentados os dados geoquímicos e isotópicos, além do mapeamento geológico na escala de 1:70.000. O batólito Rio Formoso consiste de quatro fácies: quartzo monzodiorito a granodiorito fino (QMGF), quartzo monzonito a monzogranito porfirítico (QMMP), monzogranito a sienogranito médio (MSM), monzogranito a sienogranito porfirítico (MSP). Enclaves máficos sigmoidais caracterizam a fácies QMMP. As quatro facies mostram grande variação química, com os valores de SiO2 variando de 56 a 73%, alto teor de K2O oscilando de 2,78 a 6,21%, CaO mostrando variação de 0,88 a 4,88%, e de Fe2O3t oscilando entre 1,33 a 9,04%, valores razoáveis de MgO entre 0,15 a 3,08%, e P2O5 de 0,03 a 0,91%, e baixo TiO2 variando de 0,18 a 1,85%. As amostras da fácies MSP são as mais diferenciadas enquanto que a fácies QMGF são as menos diferenciadas. As tendências de correlações interelementares sugerem fracionamento das fases minerais apatita, titanita, oxido de ferro, plagioclásio e anfibólio com a diferenciação magmática. Para todas as fácies os padrões de ETR mostram um enriquecimento ETRL em relação ao ETRP, com anomalia de Eu ligeiramente negativa, sendo um pouco mais acentuada para a fácies MSM, possivelmente relacionada ao fracionamento de plagioclásio. São rochas metaluminosas a levemente peraluminosa, shoshoniticas e ferrosas. Em diagramas discriminantes de ambiente tectônico indicam intrusão em ambiente intra-placa; no conjunto são características de granitos do tipo A. Por outro lado, as razões Y/Nb variam entre 0,769 e 2,88; sendo a maioria classificadas como típicas de granitos tipo A originados de outros ambientes tectônicos que não anorogênico, com fontes crustais. Os dados isotópicos Sm-Nd e Rb-Sr, (£Nd -13,84 a -17,50) e razão inicial 87Sr/86Sr(i)=0,70939, sugere que o granito Rio Formoso se originou de fusão parcial na crosta. Idade modelo TDM=1.9 e anomalias negativas de Nb-Ta sugerem fusão parcial de crosta paleoproterozóica subductada. Dados sugerem fusão parcial de rocha basáltica de médio a alto-K. Os dados U-Pb SHRIMP de zircão da fácies QMMP indicam uma idade de 580,7 ± 4,2Ma, interpretada como idade de cristalização e alojamento do Batólito Rio Formoso durante os estágios finais da orogênese Brasiliana.

 

Resumo 2

A Bacia de São José do Belmonte integra as chamadas Bacias Interiores do Nordeste, grupo que compreende pequenas bacias localizadas no Nordeste do Brasil e instaladas sobre a Província Borborema. No estudo realizado na porção centro-leste dessa bacia, foram detalhadas litofácies, e posteriormente, agrupadas em diferentes associações de fácies. No total, foram identificadas e caracterizadas dez litofácies: duas cascalhosas, maciço (Gmm) e estratificado (Gp); quatro areníticas, com estratificação cruzada acanalada (St), estratificação cruzada planar (Sp), estratificação plano paralela (Sh) e maciço (Sm); três lamosas, silte laminado (Fl); Folhelhos vermelhos tipo “red bed” (Flv) e silte argiloso maciço (Fsm); e uma carbonática, calcário argiloso (Ca). A associação de fácies interpretadas sugerem um modelo deposicional para essa parte bacia composto por sistemas deposicionais continentais: fluvial entrelaçado, fluvial meandrante e lacustre. A associação de fácies Flv/Fsm/Ca e a identificação de espécie-guia de ostracodes não-marinhos da biozona NRT-001 (Andar Dom João), Jurássico superior, permitiu a correlação dessa associação à Formação Brejo Santo da Bacia do Araripe. A Associação de Fácies Sp/Sh/Sm/Fl/Fsm sobrepõe à Formação Brejo Santo sendo aqui correlacionada à Formação Missão Velha. A Associação de Fácies Gmm/Gp/St/Sp/Sm/Fsm está sotoposta à Formação Brejo Santo, mas não se correlaciona com os sistemas propostos para a Formação Cariri do Siluro-Devoniano. Desta forma, fica em aberto a proposição de uma nova Unidade Estratigráfica.

Mais informações
Programa de Pós-Graduação em Geociências
(81) 2126.8726/8902

 

 

Date of last modification: 18/06/2018, 16:05