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Estudante do curso de Medicina desenvolve projeto que recebeu destaque no Congresso Brasileiro de Cardiologia
O estudo avaliou o risco de mortalidade em pacientes com covid-19 que continham calcificações da artéria coronária
O estudante Matheus Albuquerque, graduando do curso de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco, desenvolveu o projeto “A Calcificação Coronariana como Importante Fator Prognóstico de Letalidade em Pacientes com Covid-19”. O trabalho foi submetido ao Congresso Brasileiro de Cardiologia, em sua 78º edição, e ficou entre os 20 melhores estudos desenvolvidos.
Organizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, o congresso aconteceu de 28 a 30 de setembro, no Centro de Eventos FIERGS, situado na capital do Rio Grande do Sul. A pesquisa de Matheus Albuquerque é proveniente dos resultados obtidos após um ano de iniciação científica realizada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/UFPE), com bolsa da agência de fomento da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesqi). “Vim para Porto Alegre apresentar o trabalho e representar a UFPE, e recebi a notícia de que, dentre os mais de 1 mil trabalhos submetidos, o meu ficou entre os 20 melhores”, aponta o estudante.
O evento contou com a presença de médicos e cientistas de diversos países, além disso os mais importantes estudos clínicos e pesquisas científicas foram apresentadas na ocasião. Também foram apresentadas novas diretrizes que orientarão os principais tratamentos para as doenças cardiovasculares.
Tendo em vista os poucos estudos que avaliaram o risco de mortalidade em pacientes com covid-19 que continham calcificações da artéria coronária (CACs), Matheus Albuquerque teve como objetivo avaliar o fator prognóstico de letalidade de CACs em pacientes com covid-19, submetidos à tomografia computadorizada do tórax, para avaliar complicações pulmonares.
A partir de um estudo retrospectivo, o graduando avaliou calcificações da artéria coronária em 179 pacientes com covid-19. As CACs foram analisadas mediante uma avaliação qualitativa por inspeção visual de tomografias de tórax, em que radiologistas deram uma nota dentro de uma escala de 0 a 4 (0= sem CAC; 1= CAC discreta; 2= CAC moderada; 3=CAC acentuada; 4= stent).
Os pacientes possuíam uma idade que variava de 6 a 87 anos, com uma média de 47,9. Do total, 61,5% eram do sexo masculino. A letalidade encontrada foi de 8,4%. Na inspeção visual geral, 25,1% dos pacientes apresentaram calcificações da artéria coronária (CACs). Desses 45 pacientes com CAC, 64,4% apresentam CAC discreta; 8,9% moderada; 17,8% acentuada e 8,9% com stent (pequeno tubo que é inserido no interior de uma artéria para prevenir ou evitar a obstrução do fluxo no local).
Por fim, na inspeção visual da artéria coronária direita, 13,4% dos pacientes apresentavam calcificação. Desses 24 pacientes, 54,2% possuíam CAC discreta; 8,3% moderada; 20,8% acentuada e 16,7% com stent.