Durante o IX Fórum Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na terça-feira (3), à tarde, no Auditório Jorge Lobo, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), o professor Alberto Galvão de Moura Filho recebeu homenagem surpresa pelos 51 anos e cinco meses dedicados à docência da Fisioterapia. Estiveram presentes familiares, colegas, amigos, alunos e ex-alunos do professor em uma tarde regada a emoção e gratidão ao professor que, em breve, irá se aposentar.

Foto: Wanna Vieira

Reitor Alfredo Gomes, professor Alberto Galvão e diretora Cinthia Kaline

A mesa da abertura de solenidade foi composta pelo reitor Alfredo Gomes; a diretora do CCS, Cinthia Kalyne de Almeida Alves; o coordenador do Fórum e da Clínica Escola de Fisioterapia (Cefisio), Joaquim Sérgio de Lima Neto; a coordenadora do curso de Fisioterapia, Débora Wanderley Villela; a coordenadora do Programa de Pós-Graduação de Fisioterapia, Maria das Graças Rodrigues de Araújo; o representante do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Primeira Região (Crefito 1) Cláudio Albuquerque; a representante da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) Maria do Amparo Andrade; a chefe do Serviço de Fisioterapia do Hospital das Clínicas (HC-UFPE/Ebserh) Eveline Nóbrega; e a representante estudantil, Bianca Natália Amorim de Freitas. A professora Etiene Fittipaldi, de Fisioterapia, foi a cerimonialista da solenidade.

O professor Joaquim Sérgio de Lima Neto abriu os trabalhos da tarde lembrando que o professor Alberto Galvão ajudou a constituir o primeiro curso de Fisioterapia de Pernambuco. E a professora Maria do Amparo Andrade, da Adufepe, afirmou o quanto o professor Alberto honrou a Fisioterapia e que ele fará muita falta no dia a dia de todos, principalmente quando surgir dúvidas que só ele saberia responder.

A diretora do CCS, Cinthia Alves, afirmou que o professor Alberto Galvão é uma referência e uma liderança do centro pelo compromisso excepcional com o trabalho. “Ele representa a tradição do Departamento de Fisioterapia, o que se tornou, ele é um ícone. A partir dele, a Fisioterapia abriu uma nova história, com pesquisa crescente e qualidade exemplar. O professor Alberto também é exemplo de honestidade, luta e respeito. Até hoje, não deixei de aprender com a forma como ele lida com tudo, com a tradição e a inovação. Essa instituição é sua, o CCS é seu. E desejo muito sucesso nessa nova fase”, disse.

O segundo momento da tarde foi o discurso panegírico, que foi realizado por duas professoras do Departamento de Fisioterapia, Maria das Graças Araújo e Armele Dornelas de Andrade. Elas falaram sobre a longa trajetória acadêmica do professor Alberto, que é natural de Natal, no Rio Grande do Norte, mas recebeu o título de Cidadão Pernambucano concedido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

O professor Alberto Galvão de Moura Filho possui graduação em Fisioterapia (1971), mestrado em Fisiologia (1981) e doutorado em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (2003). Ele é revisor ad hoc da Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Tem experiência na área de Fisioterapia, Cinesiologia e História da Fisioterapia. Atua nos seguintes temas: capacidade aeróbia, limiares ventilatórios, fadiga e coativação muscular.

Durante o discurso, a professora Armele Dornelas afirmou: “O senhor, professor, é diferenciado e faz a diferença. A última turma de Fisioterapia, na qual o senhor lecionou, a 106, o homenageou. E poucos merecem uma homenagem como essa. A todos aqueles que sonham com os benefícios da Fisioterapia, nós agradecemos por ajudar a construir a estrada que tantos passaram”.

“Seu legado para a fisioterapia brasileira é inestimável. Para nós é um privilégio te chamar de colega e amigo. Obrigada”, concluiu a professora Maria das Graças Araújo.

Segundo o reitor Alfredo Gomes, ser reconhecido e querido pelos colegas é um grande mérito. “Após tantas falas belíssimas nessa tarde, tenho pouco a acrescentar sobre o professor Alberto Galvão. Então, quero agradecer em nome de toda a Universidade. Nossa gratidão pela participação efetiva na Fisioterapia e pela contribuição às outras áreas. Também gostaria de agradecer pelo apoio da esposa, dona Eliane Ximenes, aos filhos Ana Gabriela, Alberto e Eduardo, e aos netos. Nossos mais profundos agradecimentos ao apoio dado ao professor Alberto durante todos esses anos. Quem tem uma trajetória tão longa sabe o quanto é importante o apoio da família”, afirmou.

Ao final do evento, docentes, técnicos, alunos e familiares se unem ao homenageado

A segunda mesa da cerimônia em homenagem ao professor Alberto Galvão foi composta pela professora Armele Dornelas; a primeira docente fisioterapeuta do curso de Fisioterapia, Agélia Pinheiro Ramos Ferreira; a professora de Enfermagem e ex-diretora do CCS, Vânia Pinheiro Ramos; o professor de Clínica e Cirurgia Buco Facial e ex-diretor do CCS, Thadeu Pinheiro; a irmã do homenageado e docente aposentada do Departamento de Ciência da Informação, Ângela Maria Saraiva Moura; a professora de Fisioterapia e representante dos orientandos pelo professor Alberto, Andrea Lemos; o primeiro presidente do Crefito 1, Geraldo Barbosa; o egresso do curso de Fisioterapia da UFPE e ex-presidente do Crefito 1 Silano Barros; e a representante da turma 106 do curso de Fisioterapia Adállata Ribeiro.

Um dos últimos a falar foi o seu filho mais novo, Eduardo Galvão. Momento este em que muitos dos que estavam presentes não contiveram as lágrimas. “Estou preparado para suportar a partida da minha mãe, mas não para a sua, porque você ainda é o meu ‘porto seguro’. Ainda preciso de você e dos seus conselhos”, afirmou. “Eu e meus irmãos – Betinho e Gabriela – sabemos que ao mesmo tempo em que ele foi pai, foi também nosso professor. Sempre aprendi muito com ele. Aprendo o valor de time todos os dias: Glória, Graças, Armele, são nomes com os quais cresci, como se fossem minhas tias. Meus irmãos aprenderam o que é ser pai com você e eu estou aprendendo. Obrigado pelos ensinamentos de sempre”, disse.

Foi exibido um vídeo em que colegas que não puderam estar presentes enviaram palavras de incentivo ao professor. E, logo em seguida, o professor Alberto Galvão pôde agradecer pela tarde que ficará em sua memória.

“Gratidão a todos aqueles que participaram da minha vida. Certamente, as dificuldades enormes existiram pelo desconhecimento que existia da área. Esse curso foi criado por uma pessoa que era deficiente físico, com necessidades especiais, o professor Rui Neves Baptista, e que, infelizmente, me deu poucas aulas. Mas, mesmo em poucas aulas, o que ele dizia me marcou muito. Uma das falas dele é que ‘sozinho nada se faz, é difícil fazer. Às vezes, porque não entendem o que você fala. Às vezes, porque não querem lutar a mesma luta’”, afirmou.

“Espero que todos não esqueçam, embora a tecnologia seja boa, que as pessoas precisam de atenção. E não adianta fazer discurso, adianta tomar atitudes, aos poucos. Daí a importância dos cursos de saúde. É preciso ter esse cuidado com as pessoas. Obrigada a todos pela presença. Estou muito satisfeito, muito feliz e quase realizado. Mas, para vocês que vão ficar, terminem a tarefa”, concluiu, em meio a uma fervorosa salva de palmas em que foi aplaudido de pé.