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HC destaca Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais

A supervisora do Programa de Residência Médica em Gastroenterologia do HC, Andrea Dória Batista, fala sobre as hepatites virais

O 28 de julho é o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, doenças que podem levar a complicações, como a cirrose e o câncer de fígado. No Hospital das Clínicas da UFPE, os pacientes são acompanhados pelo Ambulatório de Hepatologia e chegam encaminhados via Central de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde (SES). O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A hepatologista e supervisora do Programa de Residência Médica em Gastroenterologia do HC, Andrea Dória Batista, fala sobre as hepatites virais.

Confira a entrevista

As hepatites virais são conhecidas por letras (A, B, C, D e E). Todos esses tipos são considerados doenças crônicas?
Não. A hepatite A é transmitida por alimentos ou água contaminada pelas fezes de um doente, sendo uma doença aguda, que pode levar ao surgimento de vômitos, dor abdominal, urina escura, além de pele e olhos amarelados (icterícia). O paciente, uma vez curado, não apresenta sequelas. Já as hepatites B e C geralmente evoluem para um quadro de hepatite crônica, com poucos sintomas até que surgem as complicações, como a cirrose e o câncer de fígado.

Quais são os tipos mais graves? Por quê?
As hepatites B e C, por serem doenças silenciosas, não causando sintomas ou apenas sintomas leves e inespecíficos, são mais perigosas porque, quando os sintomas aparecem, o paciente já apresenta cirrose ou câncer de fígado, que são complicações importantes, de tratamento difícil e prognóstico ruim. A hepatite aguda A pode levar a um quadro grave de falência do fígado, mas isso ocorre muito raramente.

Qual a importância da prevenção e/ou do diagnóstico precoce?
A prevenção e o diagnóstico precoce são as formas mais eficazes de evitar as complicações graves dessas doenças.

Como são fechados os diagnósticos?
Os exames de sangue de sorologia são os primeiros exames que o médico solicita. São exames simples e amplamente disponíveis. Nos casos das hepatites B e C, após o exame de sorologia positivo, o médico confirma a presença do material genético do vírus no sangue do paciente com exame laboratorial chamado PCR. Outros exames laboratoriais comuns, como hemograma e enzimas do fígado, e exames de imagem, geralmente a ultrassonografia do abdome, também podem ser solicitados para avaliar a saúde do fígado.

Como são os tratamentos?
A hepatite A não requer tratamento específico, mas necessita de acompanhamento. Alguns pacientes com hepatite B crônica e todos os pacientes com hepatite C crônica necessitam de tratamento com medicações antivirais. Essas medicações são de uso oral e fornecidas pelo SUS, mediante prescrição por um médico habilitado.

Date of last modification: 27/07/2020, 16:07