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Doutorandos em Ciência Política e em Biologia Animal têm projeto de startup aprovado na seleção do Polo Tecnológico e Criativo da UFPE

A biofábrica será instalada no Departamento de Biologia Animal do Centro de Biociências (CB) da UFPE

Doutorandos em Ciência Política e Biologia Animal têm projeto de startup aprovado na seleção do Polo Tecnológico e Criativo (Polo Tec) da UFPE. Trata-se do projeto de constituição de uma biofábrica, de nome Bio2Future, quem tem como objeto de inovação o uso de insetos para transformar matéria orgânica desperdiçada (alimentos e resíduos das indústrias) em proteína, que pode ser utilizada em ração de animais (peixe, aves, suíno, pets) e na alimentação humana. Além disso, a startup também utilizará os insetos para degradar o plástico lançado na natureza, contribuindo com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas.

A biofábrica será instalada no Departamento de Biologia Animal do Centro de Biociências (CB) da UFPE. Estão envolvidos no projeto Diego Leonel Costa, do doutorado em Ciência Política, Gabriela Streppel Steindorff, doutoranda em Biologia Animal e o empresário e biólogo Flávio Leal. Como mentores da startup estão os professores da UFPE Simão Vasconcelos (Biologia Animal) e Dalson Britto (Ciência Política).

A produção de proteína dos insetos tem a vantagem de ser mais sustentável do que as proteínas tradicionais. Para cada quilo, o gado precisa de 10 quilos de alimentos para se manter. No caso dos insetos, a demanda cai para 1,7 quilo e fazem isso eliminando 100 vezes menos óxido nitroso, um dos gases que causam efeito estufa. Em relação ao consumo de água, os insetos também são mais sustentáveis. Para produzir um quilo de proteína de inseto são necessários 23 litros de água, no caso do gado são gastos 112 — enquanto porcos demandam 57 litros e frangos, 34.

A missão da empresa é reduzir o desperdício da sociedade transformando perdas em alimento de alto valor nutricional, contribuindo para a diminuição de gases do efeito estufa (GEE), o desmatamento e o consumo de água. Além de gerar novas oportunidades em bioeconomia que poderão ser utilizadas como ferramenta de políticas públicas.

Date of last modification: 20/04/2023, 16:21