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Notícias do Campus mostra espaços criados por estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPE para a 23ª Fenearte

As praças “Barro em Mutação” e “Memórias Moldadas” foram selecionados pelo júri da feira de artesanato

Os loiceiros de Pernambuco são homenageados pela 23ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte). Por isso, além das peças criadas por esses artesãos, quem visita a feira encontra várias referências a este ofício ancestral que é preservado em todo o território pernambucano. Elas estão presentes em algumas atividades da programação e no visual do evento, que ocorre de 5 a 16 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon), em Olinda.

A Fenearte é considerada a maior feira de artesanato da América Latina. Ela ocupa cerca de 25 mil metros quadrados do pavilhão do Cecon, localizado em Olinda. Sendo assim, é natural que o público queira fazer pausas ao longo do percurso. E, para atender a esta necessidade, existem algumas praças de descanso no caminho. Este ano, duas delas foram criadas e construídas por estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Os projetos foram selecionados pelo júri da Fenearte para compor o evento e esta é a primeira vez que a UFPE participa da iniciativa com dois espaços. O grupo que construiu a praça Barro em Mutação é formado por Carolina de Mesquita, Gabriela Dias, Lyvian Araújo, Marcela de Siqueira, Christiane Borba, Nicole Gama, Thayná Torres e Thiago Silva. Já a equipe responsável pela praça Memórias Moldadas é composta por Ana Cecília Ventura, Artur de Barros, Danielle Quintino, Evelyn Cristine, Gustavo Lopes, José Pedro Alves, Juan Kleibe, Letícia Fraga, Maysa Costa, Yasmin Albuquerque.

Assista ao vídeo do Notícias do Campus para conferir o resultado dos projetos.

Ficha técnica
Reportagem e Produção: Eugênia Bezerra
Imagens: Evelyn Carolina
Edição: David Sales
Direção Geral: Eduardo Duarte

A ação faz parte do projeto de extensão intitulado “Seleção de propostas para as praças de descanso da 23ª Fenearte”, que é coordenado pela professora Lívia Nóbrega. Ele conta com a participação de outros professores da área de Projeto de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo, Bruno Lima e Renata Caldas; da professora da área de Tectônica Maria Luiza Freitas; do professor da área de Maquete Pascal Machado; do arquiteto e urbanista Bruno Firmino, como membro externo; e da estudante Maria Hellena Leal, como monitora.

“O projeto tem como intuito orientar a elaboração das praças por meio de uma seleção interna que antecede a seleção [feita pelo júri] da Fenearte. Ele possibilita o compartilhamento de experiências, uma vez que os professores da equipe de Projeto de Interiores participam desta ação há cerca de dez anos. Permite ainda que todos os estudantes recebam certificado de participação pela elaboração das propostas, independente de serem selecionados pela Fenearte, ampliando a participação dos alunos no processo e estimulando desde cedo a prática de participação em concursos de projetos de arquitetura”, avaliou a professora Lívia Nóbrega. 

Ela também retomou a história do projeto: “O projeto de extensão veio para formalizar uma ação que já acontecia espontaneamente, pelo menos, desde 2012, quando a professora Renata Caldas, que é quem assina a responsabilidade técnica da execução dos espaços aqui na Fenearte, participava juntamente com outros professores lá do nosso departamento. Desde 2015, eu me integrei a essa equipe com o professor Bruno Lima, nós três somos da equipe de Projeto de Interiores do Departamento, e, desde 2022, formalizamos essa ação com registro de projeto de extensão no SigProj [Sistema de Informação e Gestão de Projeto da UFPE]. Mas, na prática, entendemos que isso já é uma extensão desde o início de 2012 porque é quando a Universidade sai do campus e vem para um evento deste porte e os alunos têm a oportunidade de executar um projeto com a visibilidade grande que a Fenearte proporciona. E Fenearte se beneficia de ter esses espaços pensados, planejados por um arquiteto para o descanso do público”.

“Quando começa a parte da execução, vemos que muitas vezes aquilo que fizemos no trabalho de CAD ou na planta baixa pode ser de outra maneira. E, principalmente, tem o contato com outros profissionais. Maciel Feliciano foi o carpinteiro da praça e auxiliou a gente em muitas coisas, principalmente na questão de estruturar o painel. Também tem a compreensão do que vem no pós-projeto, como a questão de compra dos materiais e a organização para conseguir parceiros, porque a gente recebe um valor da Fenearte e o custo pode ser um pouco diferente”, explicou a estudante Evelyn Cristine, que integra a equipe da praça Memórias Moldadas.

A estudante Christiane Borba, integrante do grupo da praça Barro em Mutação, também comentou sobre a importância da prática em um projeto de extensão para a formação de futuros profissionais: “Fazemos projetos o tempo todo na faculdade e não vemos sair do papel, mas aqui pudemos ver um projeto sendo construído de fato e participar de cada etapazinha. A gente que cortou as madeiras, lixou, pintou… Vimos como se aplica a manutenção, a construção de fato. Tem muita coisa que idealizamos no projeto e vemos que não vai acontecer tão facilmente, na verdade, então pudemos colocar a mão na massa e ver o que realmente funciona melhor na hora de construir.

 

Date of last modification: 21/12/2023, 16:20