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Vida nova à vista para o prédio da Sudene

Um ano e meio após ser doado de forma provisória à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), começam a ser executadas as primeiras obras de revitalização do complexo de prédios do Edifício Sudene, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife. O telhado era um dos problemas estruturais mais críticos. Ficou pronto nesta semana. Os serviços começaram no último mês de março. Ontem, uma equipe da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) visitou os trabalhos e deu início, junto à gestão da UFPE, ao processo de doação definitiva da propriedade do imóvel. A expectativa é de que até setembro a UFPE já esteja de posse da escritura definitiva do Edifício Sudene, que poderá ser rebatizado.

 

Foto: Bruna Costa/especial DP

 

Em agosto, os primeiros setores da universidade começam a ser transferidos para o complexo. Para dar celeridade ao processo de posse definitiva, a SPU solicitou ontem um acordo de cooperação mútua junto à UFPE para a realização das atividades de vistoria e burocráticas naturais do processo. “Estamos evoluindo com os projetos de ocupação. Mas com o contingenciamento dos recursos do governo federal à universidade, precisamos fazer a reformatação das planilhas e a readequação dos serviços. Para esta primeira etapa, os investimentos iniciais previstos eram da ordem de R$ 5 milhões, mas agora só teremos R$ 3 milhões para cobrir as necessidades imediatas estruturais”, explicou o assessor do reitor e coordenador do projeto, Carlos Falcão.

Um novo restaurante universitário, com capacidade para duas mil refeições por dia, era prioridade nesta etapa, mas com o bloqueio de recursos, o projeto terá que esperar.Além do telhado, as necessidades imediatas incluem a substituição de todo a rede elétrica e a implantação de uma nova subestação, reforma de todos os banheiros, vestiários e copas, recuperação de 70% e substituição de 30% das janelas e esquadrias da fachada leste do prédio. Também foi necessária a reforma dos 269 pilares (destes, ainda faltam ser recuperados 27), vigas, lajes e brises.

A previsão de conclusão das obras da primeira etapa é de três anos e inclui também a construção de uma livraria e uma cafeteria na torre central e quiosques de atendimentos aos alunos.Como já havia sido previsto, o Edif ício Sudene será ocupado pelo gabinete do reitor, pró-reitorias e outras atividades administrativas. Entre elas, está o setor de Transporte, de Segurança Institucional, almoxarifado do Hospital das Clínicas, Ensino à Distância, start-ups vinculadas à incubadora Positiva, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade-U- FPE). “Todos os 13 andares serão utilizados. E a ocupação será progressiva. À medida que as obras forem sendo entregues, os setores já serão transferidos para o complexo”, disse Falcão.

 

EFICIÊNCIA

O projeto de revitalização do complexo do Edifício Sudene também está seguindo uma série de premissas de sustentabilidade. Uma delas é a redução de 60% da carga elétrica do conjunto, através do conceito de “Energia Zero. “Um prédio convencional consome uma média de 10w/m 2 de energia por mês. Prédios eficientes consomem uma média de 5w/m 2 de energia no mesmo período. Nos melhores projetos, esse consumo mensal é de 3,9w/m 2 de energia. E o nosso projeto segue este último padrão”, disse Carlos Falcão.

Para chegar a esse patamar, o projeto não prevê, por exemplo, a climatização artificial do prédio em nenhum dos andares. “O projeto arquitetônico prevê recursos de iluminação e ventilação naturais. E com essa revitalização, estamos potencializando esses recursos, tais como o peitoril ventilado, esquadrias tipo guilhotina em toda a fachada leste e utilização máxima dos cobogós ao longo de toda fachada oeste. Um dos selos que almejamos é o Procel Edifica”, detalhou Falcão. O plano de ocupação também inclui todos os princípios de acessibilidade.

 

 

Por: Rosália Vasconcelos / Diário de Pernambuco

Data da última modificação: 26/07/2019, 15:33

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