A mestranda Danielle Boachá, do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFisio) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realiza pesquisa vinculada ao Laboratório de Saúde da Mulher e do Assoalho Pélvico (Lafisma) com o objetivo de investigar os sintomas e características urogenitais autorrelatados por mulheres trans e travestis no Brasil que utilizam a técnica de tucking. O estudo, intitulado “Características e sintomas urogenitais autorrelatados por mulheres trans e travestis associados à prática de tucking no Brasil: Estudo transversal”, conta com a orientação da professora Leila Barbosa e coorientação da professora Débora Wanderley, ambas, do Departamento de Fisioterapia da Universidade.

A pesquisa, de natureza descritiva e transversal, busca compreender os impactos dessa prática – também conhecida popularmente como “aquendar a neca”, no dialeto pajubá – a partir do relato das próprias participantes, dando visibilidade às suas experiências e contribuindo para a construção de um conhecimento científico mais inclusivo e sensível às especificidades da população trans. A técnica de tucking, utilizada para esconder os genitais e adequar a aparência ao gênero com o qual a pessoa se identifica, pode ocasionar diferentes efeitos sobre a saúde urogenital, motivo pelo qual a pesquisa se mostra de grande relevância social e acadêmica.

O projeto foi devidamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPE, garantindo a observância das normas éticas e o respeito à dignidade das pessoas participantes. A participação é voluntária, anônima e leva apenas cerca de 15 minutos para ser concluída. O link de acesso está disponível na bio do Instagram da pesquisadora (@dra.danielleboacha) ou clicando aqui.

A pesquisa conta com o apoio de instituições parceiras como Rede Inclusivah, Coletivo Pajubá, Amotrans Pernambuco e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).