Disputa foi realizada na disciplina de Estática, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPE
Estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica, Naval e de Materiais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) participaram de competição cujo objetivo foi o de construir a ponte de treliças mais resistente. Para isso, eles tinham que utilizar apenas dois materiais: macarrão e cola. “Foi uma tarefa bem diferente, na qual a gente conseguiu entender melhor qual a função de cada barra na ponte, e a força que seria suportada por cada uma delas”, avalia a estudante Pamela Regina de Souza, capitã da Poly Bridge, equipe vencedora da disputa realizada na disciplina de Estática, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPE.
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Vencedores produziram ponte em forma de arco que suportou 41,6 kg de peso
A ponte vencedora foi construída na forma de arco e utilizou 682 gramas de macarrão e cola. Ela suportou mais de 41,6 kg de peso, e apresentou uma eficiência de 60,1 kg. “Todo o processo de construção da ponte foi dividido entre os membros da equipe. Cada um fazia sua parte e passava para os outros, o que facilitou bastante o trabalho e diminuiu muito o tempo que a gente precisou para fazer a ponte”, explica Pamela. Os demais membros da equipe Poly Bridge são Luam Sena Acosta, Guilherme Batista de Carvalho Ramos, Jean Claudio Veiga Filho e Danillo Richard Miguel da Silva. A competição foi realizada no final de outubro. A equipe vencedora foi premiada com um aparelho de som portátil, além de ter recebido a nota máxima da atividade na disciplina.
“A disciplina é importante não só do ponto de vista formativo, mas também na validação do conhecimento técnico e na experiência ‘social’, pois tem várias questões abordadas, como dinâmica do trabalho colaborativo, tomada de decisões em grupo, liderança e proatividade”, afirma o professor do curso de Engenharia Mecânica e responsável pela disciplina de Estática Justo Emílio Alvarez Jácobo. Conforme explica Justo, após a construção das estruturas, é feita a pesagem e verificação das dimensões de cada uma delas, conforme as regras da competição. Logo em seguida, é iniciado o teste destrutivo, quando são colocados pesos em um balde pendurado em uma haste posicionada no meio da ponte. “Os pesos são peças de metal previamente pesados e etiquetados. Eles vão sendo colocados um a um até quebrar a ponte. Finalmente, é realizada a medição do peso no balde e calculada a eficiência da estrutura dividindo-se o peso da carga pelo peso da ponte”, conta Justo.
O Campeonato de Pontes de Treliça de Macarrão foi realizado no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), no Campus Recife da UFPE. A iniciativa é realizada há mais de dez anos e tem como objetivo fazer com que os estudantes utilizem conceitos de Engenharia para desenvolver uma ponte de treliças feita de macarrão que consiga suportar o maior peso/carga com o menor peso/material. As equipes são formadas por estudantes das graduações de Engenharia Mecânica, de Materiais e Naval, que devem se dividir em equipes e calcular, projetar e montar suas pontes de acordo com as regras da competição. As estruturas não devem ter mais de 750 gramas de peso, entre macarrão e cola. Este ano, além da equipe Poly Bridge, participaram ainda os grupos Macarronada Parada, Infarta Italiano e FD^2P.