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Tese investiga esmalte dentário dos mastodontes do Nordeste do Brasil

Pesquisa abarcou distribuição geográfica e caracterização microestrutural do esmalte dentário

O Programa de Pós-Graduação em Geociências do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da UFPE vai promover amanhã (6), às 10h, a defesa da tese de doutorado “Os mastodontes do Nordeste do Brasil: distribuição geográfica e caracterização microestrutural do esmalte dentário”, de autoria de Gina Cardoso de Oliveira Chaves e realizada sob orientação da professora Juliana Manso Sayão (UFPE) e coorientação do professor Leonardo dos Santos Avilla (UFRJ).

A apresentação da pesquisa será na sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5º andar do edifício escolar do CTG, será feita para uma banca examinadora composta pelos professores Juliana Manso Sayão, Gustavo Ribeiro de Oliveira (PPGEOC/UFPE), Dimila Mothé Cordeiro dos Santos (Unirio), Carolina Saldanha Scherer (UFRB) e Luiz Lopes da Silva (UFAL).

Resumo

Os fósseis de megafauna Pleistocênica do Nordeste do Brasil são encontrados desde o século XVIII, com os achados de mastodonte no estado do Ceará, município de Sobral. A partir dessa data muitos registros de ocorrências foram feitos na região, causando interesse de vários pesquisadores como Dr. Carlos de Paula Couto, paleontólogo que publicou diversos trabalhos sobre mamíferos pleistocênicos. Com base nesses estudos publicados, em bibliografias adicionais, e em visitas à várias coleções de paleontologia do Brasil, apresentamos aqui as localidades onde ocorrem mastodontes em todo o Nordeste, e em quais destas podemos identificar Notiomastodon platensis (Ameghino, 1888) com base em elementos diagnósticos. Algumas das localidades foram marcadas como ocorrência dúbia, por não constarem na bibliografia citada, ou pelos autores não identificarem os fósseis como proboscídeos, mas por algum motivo, tais registros foram citados em diversos trabalhos como pertencentes à Ordem. Até o momento, foram registradas 183 ocorrências somente no Nordeste, com registro da espécie em apenas 29 localidades. Seis foram atribuídas a mamíferos indeterminados e três, a localidades dúbias. Os demais registros foram identificados aqui como Proboscidea, pois os dados anatômicos não fornecem características suficientes para identificação a nível específico. Assim, para contribuir com a identificação dos fósseis de proboscídeos, foram feitas análises da microestrutura do esmalte dentário de Notiomastodon platensis, Stegomastodon, e Amahuacatherium peruvium, primeiras realizadas para esses gêneros. As análises revelaram que estes táxons possuem prismas em forma-de-leque (fan-shaped), como forma predominante, característica também compartilhada por Cuvieronius, Gomphotherium e Anancus, mas diferem entre si em relação à espessura relativa das camadas da shmelzmuster e do diâmetro transverso dos prismas, podendo assim descartar, com base em características microestruturais, a possibilidade ocorrência de Stegomastodon para a América do Sul, como constatada por diversos autores. Também foi observado que o esmalte molar de Amahuacatherium peruvium é semelhante ao esmalte molar Notiomastodon platensis, e não foram encontradas caraterísticas microestruturais que levem a caracterizá-lo como Amahuacatherium peruvium.

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Data da última modificação: 05/07/2018, 17:34

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