Pernambuco agora faz parte do Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta). O sistema é uma rede integrada de boias meteoceanográficas, com funcionamento autônomo e capacidade de coletar regularmente variáveis oceanográficas e meteorológicas, transmitindo-as para uma central de processamento e, imediatamente, disponibilizando os dados processados ao público por meio do site, segundo explica o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Daniel Brandt Galvão, que coordena o projeto localmente, sob supervisão da professora Doris Regina Aires Veleda, do Departamento de Oceanografia.

Atualmente, a primeira Estação do SiMCosta-PE, instalada no Porto de Suape, já está operacional, com as seguintes variáveis sendo transmitidas em tempo real: intensidade e direção dos ventos, temperatura do ar, umidade relativa, ponto de orvalho, pressão atmosférica, visibilidade, chuva, precipitação e variação do nível do mar. 

“Um dos principais objetivos do SiMCosta é investigar o impacto das mudanças climáticas sobre as zonas costeiras, que podem ser atingidas diretamente pelo aumento do nível médio do mar, pela elevação da temperatura do ar e da temperatura superficial do mar, pela acidificação dos oceanos, pelas mudanças nos regimes de descarga fluvial dos rios e pela exposição a eventos extremos”, explica ele.

Além disso, as informações podem ter aplicações em diversos outros trabalhos técnicos e científicos, assim como serem úteis para a indústria naval, segurança marítima, engenharia portuária, energias renováveis, dinâmica de ecossistemas marinhos, entre outros.

COOPERAÇÃO - O SiMCosta tem suporte do Fundo Clima, gerido pelo Ministério do Meio Ambiente, e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O coordenador geral é o professor Carlos Alberto Eiras Garcia, do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Sua implantação no Estado de Pernambuco se deu por meio de um termo cooperação técnica científica entre a Furg e UFPE.

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Daniel Brandt Galvão
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