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Biorrefinaria Experimental de Resíduos Sólidos Orgânicos da UFPE será inaugurada amanhã (12)

Funcionando em esquema piloto, a biorrefinaria já produz biodiesel, biogás e material orgânico para adubação de hortas, parques e jardins da Universidade

Foto: Bernardo Sampaio

Usina de biodiesel pode produzir, atualmente, até cem litros de biodiesel por dia

A Biorrefinaria Experimental de Resíduos Sólidos Orgânicos (Berso) da UFPE será inaugurada amanhã (12), às 10h30, no auditório do Departamento de Energia Nuclear (DEN) da Universidade. A cerimônia, que contará com a presença do reitor Anísio Brasileiro, será finalizada com a visita técnica à Berso, localizada num antigo galpão do DEN. Em funcionamento desde o final de 2017, em esquema piloto, a biorrefinaria já produz biodiesel, biogás e material orgânico para adubação de hortas, parques e jardins.

A Usina Piloto de Biodiesel da Biorrefinaria Experimental de Resíduos Sólidos Orgânicos (Berso) pode produzir, atualmente, até cem litros de biodiesel por dia, utilizando óleo de fritura e álcool. O produto é utilizado pelos tratores da equipe de limpeza do Campus Recife da Universidade e também serve como combustível para o gerador, que, atualmente, tem capacidade para produzir energia elétrica suficiente para cinco residências, mas a ideia é aumentar a geração e injetar a energia na rede do Campus Recife.

O processo de transformação do óleo em biodiesel é rápido. O líquido é filtrado, depositado em um tonel e direcionado a outros tanques, onde é misturado ao álcool e ao catalizador e é aquecido, agitado e decantado por cerca de quatro a seis horas. O procedimento resulta em biodiesel e glicerina, que pode ser utilizada por indústrias ou transformada em álcool e reutilizada no fluxo de produção. Além da produção de biodiesel, também está em funcionamento o pátio de compostagem, no qual restos de alimentos e material de podas de árvores, jardins, capina e varrição são utilizados para gerar material orgânico, que serve para adubação de hortas, parques e jardins. 

ECONOMIA – “Nós geramos 11 toneladas de resíduos orgânicos por dia (alimentos e podas), no Campus Recife. Estamos absorvendo, no pátio de compostagem, de três a quatro toneladas por dia, o que gera uma economia de R$ 500 a 700 diários, a partir do momento em que não mandamos esses resíduos para o aterro sanitário. Quando formos capazes de usar as 11 toneladas geradas, a economia será de R$ 2 mil por dia”, explicou o professor Rômulo Menezes, do DEN, que coordena a Berso em parceria com a Diretoria de Gestão Ambiental (DGA) da Universidade.

Os resíduos sólidos gerados na Universidade são utilizados, ainda, no biodigestor anaeróbio, que recebe os restos de alimentos para transformá-los em biogás e, em seguida, em energia elétrica. “O reator para o processamento da totalidade dos resíduos terá 160 metros cúbicos. O sistema vai custar cerca de R$ 2 milhões, mas se pagará em quatro anos, com a energia gerada, já que garantirá uma economia de R$ 350 mil por ano, na conta de energia elétrica, além da eliminação dos custos de envio dos resíduos para o aterro sanitário”, afirmou ele.

A Berso traz benefícios para a Universidade e também para os estudantes. “Após toda essa fase de definição de tecnologia, de testes, concluída, iremos buscar investimentos para garantirmos uma usina com capacidade de processar todos os resíduos orgânicos gerados no Campus Recife. Essa parceria traz benefício não só para a gestão, que tem a possibilidade de destinar corretamente os resíduos sólidos, atendendo à Política Nacional de Resíduos Sólidos; gera uma grande economia para a Universidade; mas também atende aos alunos, já que a Berso virará um centro de pesquisa e extensão dentro da Universidade”, explicou a arquiteta Fátima Xavier, que dirigia a DGA no início da Berso e agora está aposentada.

“O novo diretor da DGA, Manoel Heleno de Castro, também tem dado todo o apoio ao projeto, o que mostra que a Berso é um projeto institucional, e continuará independentemente das pessoas”, finalizou o professor Rômulo Menezes.

EQUIPE - O trabalho, coordenado pelo professor Rômulo Menezes e pela DGA, conta também com a participação dos alunos Alice Silva, Raphael Correia, Cláudio Bueno, Nathalia Leite, Adalberto Freire, Arthur Lemos, do professor Emmanuel Dutra, e dos funcionários técnico-administrativos Pedro da Silva e Claudenice Maria do Espírito Santo, todos do Departamento de Energia Nuclear, além do professor Jorge Recarte, do Departamento de Engenharia Mecânica, que também tem trazido estudantes do departamento para o projeto.

Mais informações
rmenezes@ufpe.br

Data da última modificação: 12/04/2019, 10:14

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