A Rede de Monitoramento do Direitos Indígenas de Pernambuco (Remdipe), da qual o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (Nepe) do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da UFPE é membro fundador, se mobilizou com outros coletivos para fortalecer a corrente de solidariedade no combate e prevenção à disseminação da Covid-19 nos povos indígenas em todo o Brasil.

Estre as ações que o grupo vem adotando está a divulgação dos Boletins da Remdipe, informando a situação dos povos indígenas quanto à pandemia e, recentemente, lançou a ação “Compreendendo a Covid-19 com os indígenas”, com o propósito de realizar um diagnóstico situacional de como cada povo indígena no Estado tem enfrentado o coronavírus em seus territórios.

Segundo o professor Renato Athias, coordenador do Nepe-UFPE, as várias etnias que situadas em Pernambuco, que soma 50 mil indígenas em 17 municípios, do Agreste ao Sertão, se encontram em situação de vulnerabilidade, “sobretudo por questões de alimentação, nutricional, e por ter sua maioria localizada em beiras de estrada, lugares de passagem”. A Remdipe conta com a atuação de profissionais das áreas de Antropologia e Saúde da UFPE e de Direitos Humanos e Direito da Unicap e da UPE.

Com a iniciativa dos boletins semanais, a Remdipe disponibiliza mapas georeferenciados que permite avaliar a situação epidemiológica dessas populações do estado de PE. Para elaborar o diagnóstico, a Rede fez questionários direcionados aos povos indígenas de Pernambuco, às suas lideranças e aos trabalhadores e trabalhadoras das equipes de saúde indígena, com links para cada público.