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Pesquisa com participação da UFPE revela preocupação com alimentos ultraprocessados em escolas particulares
O estudo revelou que, em média, as cantinas comercializam 50% mais alimentos ultraprocessados do que opções in natura ou minimamente processadas

A nutricionista Sabrina Clark, servidora técnico-administrativa da Secretaria do Serviço-Escola de Nutrição Emília Aureliano (Senea) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Nutrição da instituição, integra um estudo nacional que analisa a alimentação escolar no Brasil na Comercialização nas Escolas Brasileiras (Caeb). A pesquisa, que analisou cantinas de escolas particulares em todo o Brasil, foi destaque no jornal Estadão neste mês e trouxe resultados alarmantes sobre a alimentação escolar no país.
O estudo revelou que, em média, as cantinas de colégios particulares comercializam 50% mais alimentos ultraprocessados do que opções in natura ou minimamente processados. Entre os produtos mais vendidos, destacam-se refrigerantes, salgados com recheios ultraprocessados e bombons, evidenciando uma oferta que favorece hábitos alimentares pouco saudáveis e pode contribuir para a obesidade infantil.
Sabrina Clark destacou a relevância de pesquisas como essa para a formulação de políticas públicas que possam mitigar os impactos negativos dessa realidade: “A escola é um espaço essencial para promover a educação alimentar e nutricional. Os dados do estudo reforçam a necessidade de regulamentação e conscientização sobre o impacto dos ultraprocessados na saúde das crianças.”
O índice de saudabilidade das cantinas escolares, criado pelos pesquisadores para medir a qualidade da alimentação oferecida, revelou médias preocupantes. Em uma escala de 0 a 100, o Brasil obteve uma média de 56,62, muito aquém do ideal. A capital com melhor desempenho foi Porto Alegre, com 68,90, enquanto o Rio de Janeiro registrou o pior índice, 45,40.
A pesquisa também apontou que 61,80% das cantinas oferecem refrigerantes, o ultraprocessado mais comum, seguido por salgados com recheios ultraprocessados (47,88%) e bombons ou chocolates (37,97%).
Especialistas alertam que o consumo frequente de ultraprocessados aumenta o risco de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e hipertensão. A pesquisa também reforça a importância da presença de nutricionistas no planejamento das cantinas escolares, algo que ocorre em menos da metade das escolas analisadas.
Com a contribuição de Sabrina Clark, o estudo avança na construção de um debate nacional sobre o papel das cantinas escolares na saúde infantil e aponta para a urgência de medidas regulatórias. A equipe de pesquisadores espera que os resultados sirvam como base para ações de conscientização e políticas públicas voltadas para melhorar a qualidade da alimentação escolar.
Mais informações
Secretaria do Serviço-Escola de Nutrição Emília Aureliano (Senea)
Departamento de Nutrição do Centro de Ciências da Saúde (CCS)
Atendimento: das 7h às 19h
Instagram do Senea @seneaufpe
senea.nutricao@ufpe.br