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Artigo avalia barreiras percebidas para a prática de atividade física em pacientes de cirurgia bariátrica

O estudo tem autoria de pesquisadores da UFPE vinculados ao Grupo de Pesquisa em Atividade Física, Saúde e Emagrecimento (GPAFSE)

A prevalência de barreiras percebidas para a prática de atividade física (BPAF) em pacientes de cirurgia bariátrica e metabólica (CBM) é tema do artigo “Prevalence of Perceived Barriers to Physical Activity Among Pre- and Post-Metabolic and Bariatric Surgery Patients: A Cross-Sectional Study”, publicado na revista Obesity Surgery (Qualis A1), no dia 29 de dezembro de 2023. O estudo tem autoria de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vinculados ao Grupo de Pesquisa em Atividade Física, Saúde e Emagrecimento (GPAFSE), coordenado pelo professor Paulo Roberto Cavalcanti Carvalho.

O estudo avaliou 182 pacientes do Ambulatório de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE, todos cadastrados no Programa Multidisciplinar de Cirurgia Bariátrica do HC. Desse grupo, 63 pessoas estavam no pré-operatório e 119 compunham o grupo do pós-operatório. A partir de um estudo transversal, conduzido no período de julho de 2022 a abril de 2023, os pesquisadores identificaram barreiras para a prática de atividades físicas por esses pacientes.

No grupo pré-operatório, as barreiras com maior prevalência foram falta de energia (cansaço físico), jornada de trabalho extensa, dor ou desconforto leve e preocupação com a aparência durante a atividade física. Já no grupo pós-operatório, as barreiras mais observadas foram tarefas domésticas, falta de recursos financeiros, jornada de trabalho extensa e limitações físicas.

O grupo pré-cirúrgico apresentou maior prevalência significativa em quatro das 19 barreiras investigadas: falta de energia (fadiga física), falta de capacidade física, ambiente insuficientemente seguro (criminalidade) e preocupação com a aparência durante a atividade física. Três delas estão relacionadas ao excesso de peso corporal. “O grupo pós-bariátrico apresentou menor prevalência no domínio físico e comportamental das barreiras avaliadas, mas não houve diferença entre os grupos nos domínios ambiental e social”, relatou Thaurus Cavalcanti, mestre em Cirurgia pela UFPE e um dos autores do artigo.

O trabalho também é assinado por Andrea Santos de Oliveira (estudante do bacharelado em Educação Física), Bruno Carlos Souza de Oliveira (mestrando em Cirurgia) e Paulo Roberto Cavalcanti Carvalho (professor do Departamento de Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia).

A pesquisa também indicou que a percepção de barreiras para a atividade física nos domínios comportamental e ambiental aumenta as chances de pacientes que aguardam cirurgia bariátrica e metabólica serem fisicamente inativos. E após a realização da cirurgia, os pacientes que percebem barreiras para a atividade física nos domínios social, comportamental e ambiental têm maior probabilidade de serem fisicamente inativos.

“Os achados do estudo enfatizam a necessidade de implementar estratégias específicas para abordar estas barreiras, visando à promoção de níveis adequados de atividade física, tão importante para a população como um todo, mas ainda maior em pacientes de cirurgia bariátrica”, destacou Thaurus Cavalcanti. 

Mais informações
Thaurus Cavalcanti 

thaurus.cavalcanti@ufpe.br

Data da última modificação: 09/01/2024, 15:39